31 de julho de 2015

Cozinhar o amor

O amor não é uma refeição rápida de microondas. Não basta premir o botão e esperar que fique pronta.

O amor é uma espécie de assado de domingo. Tem que se ir virando e regando com molho, caso contrário queima.

O primeiro último dia de "escola"


Hoje é o último dia na escolinha do João. (Ainda não é bem escola, daí usar-se o diminutivo. Ninguém diz "crechinha", certo?)

Hoje é um dia importante para os pais (ele - por enquanto - não liga nada). O dia de hoje indica que ele está a crescer e que, de futuro, teremos muitos mais "últimos dias de escola", assim como "primeiras outras tantas coisas". Eles crescem, é um facto. E há que aceitá-lo sem grandes nostalgias, senão espera-nos (a nós, pais) uma vida de apertos no coração. (Assim como assim, já nos espera mesmo, portanto há que relativizar onde conseguirmos.)

Colocar o João na creche sempre foi uma decisão inquestionável, independentemente do desemprego que acabasse por atingir algum dos pais (e acabou mesmo por atingir a mãe). Neste momento, o João não está na mesma creche para onde entrou aos 5 meses (demasiado cara para o novo orçamento familiar), mas continua feliz, aos 15 meses. E nós felizes de o vermos tão bem tratado. Nunca sentimos que esta creche, por ser mais barata, o tratasse pior. Nem um bocadinho. Em termos humanos, não notámos a mínima diferença. A verdadeira diferença está naquelas comodidades que só importam aos pais, não aos filhos: fraldas incluídas, alimentação incluída, cremes incluídos, etc. Feitas as contas, poupámos algum dinheiro no final do mês, mas não poupámos no bem-estar do João - e é isso que importa!

O João está na creche actual desde os 9 meses. Há meio ano. Nunca o vi ficar contrariado ou dar mostras de não gostar de lá estar. Pelo contrário. De manhã, quando o vamos deixar, salta do nosso colo em direcção ao das auxiliares - a Margarida e a Carina. E ao final do dia, quando o vou buscar, vem contente ao meu colo (UFA!), mas não são raras as vezes em que demora a largar o colo da Céu ou da Cláudia. Até já brinquei com elas, disse-lhes que tinha ciúmes por ele lá ficar tão bem, que me fazia melhor ao ego se ele chorasse ao deixar o colo da mãe... Mas, claro, a resposta delas era a mais acertada: "É melhor assim!". E era. Sempre foi.

Hoje, ao deixarmos o João para o seu último dia de escolinha, deixámos também uma caixa de "muffins com chapéus caros". Achámos que a extravagância dos cupcakes - comparativamente aos muffins, ou outra qualquer iguaria mais económica - indicaria um pouco do quanto estamos agradecidos. Pela dedicação que sempre demonstraram. Pela forma carinhosa como sempre trataram o João. Pelo facto de ele saltar do nosso colo para o delas. E não há extravagância que pague o sentimento de sabermos que o nosso filho é bem tratado.

Hoje, quando o for buscar, vou dizer-lhe que só volta em Setembro. Para uma nova sala, onde os meninos (ele incluído) irão vestir bibes verdes axadrezados e aprender a brincar com a professora Lila. No dia do regresso, em Setembro, vou tentar segurar as lágrimas - à semelhança do primeiro dia de creche - e agarrar-me à certeza de que, tal como até aqui, ele continuará a ser muito feliz.

[O que dizia eu há pouco sobre reprimir a nostalgia e relativizar?! Pois. Esqueçam lá isso. Mãe não consegue.]

30 de julho de 2015

Fora da BOX

Estão a ver aquela funcionalidade da BOX de TV Cabo que permite andar para trás em programas já emitidos? (Se não estão a ver, podem ver depois! Ah ah, piadinha.) Se, como eu, estão sempre a usar essa funcionalidade (e acham mesmo que foi a melhor coisinha que já inventaram depois da roda), preparem-se para uma constatação chocante: a vida não dá para voltar atrás. JURO!

Quantas e quantas vezes já não dei por mim a querer "andar para trás" num programa de rádio que ouvia no carro, numa conversa entre amigos da qual me escapou qualquer coisa... Nas mais variadas situações da vida. E qual não foi o meu espanto ao perceber que isso não era possível?! Tão inacreditável como "não ser possível gravar programas já emitidos", mas ainda pior! (A menos que o dito programa seja o último episódio das Kardashian, aí não há nada pior.)

A BOX está a transformar-me (ou " nos", porque quero acreditar que há mais como eu, OUT THERE) numa criatura que desvaloriza o presente por achar que a qualquer momento pode voltar ao passado. E, ainda que não consiga gravá-lo, pode vê-lo confortavelmente, entre colheradas de Ben&Jerry's. A BOX está, lentamente, a deturpar a nossa percepção espacio-temporal. E não me venham com merdas publicitárias, senhores da TV cabo, porque NÃO HÁ UMA LINHA que separa a BOX da realidade... Há um enorme fosso, uma muralha da China!

Ainda agora estava aqui no telemóvel, distraída a escrever isto, e perdi o metro! Porventura posso voltar atrás uns 30 segundos e apanhá-lo? Não posso, pois não? Impostores! Peguem lá na vossa linha e enfiem-na no... buraco da agulha!

Coisas que mudam quando temos um filho #3

Alargamos significativamente o nosso leque de vocabulário: puerpério, colostro, mecónio...

Se não sabem o que é, vê-se logo que não têm filhos!

29 de julho de 2015

Bater com o carro...

E pela segunda vez no mesmo sítio. É absolutamente enervante.

E depois há as boazonas intemporais


A produção fotográfica de Khloé Kardashian para a revista Complex tem dado que falar. Não percebo porquê! (Ler em tom de ressabiamento, por favor.)

Depois de várias pessoas se terem mostrado indignadas pelo uso excessivo de Photoshop nas imagens, Khloé Kardashian decidiu mostrar o "antes" e o "depois". Vêm as diferenças? Pois, eu também não. B****!


Eu nasci no século errado!


Só me falta o cabelo volumoso e encaracolado. De resto, se tivesse nascido há 100 anos, era o equivalente a um dos anjos da Victoria's Secret.

Imaginem ISTO:


Mas no século passado. Era eu.

28 de julho de 2015

A moda dos conceitos


Esta mania dos conceitos que viram moda mexe-se com os nervos. Já ouviram falar em jeggings?

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Serão jeans? Serão leggings?
Collants não são, certamente
que o tecido não assenta assim.

As jeggins são uma espécie de cruzamento feito em laboratório entre as calças de ganga e as leggings. À primeira vista, são calças. Coladinhas ao corpo, tal como as skinny jeans. Mas têm o conforto e a elasticidade das leggings. Logo, não são bem uma coisa, nem outra. Mas poderiam perfeitamente  sê-lo, se alguém não tivesse inventado o nome "jeggings". Qual a necessidade de se inventarem conceitos para designar coisas que podem perfeitamente encaixar-se em conceitos já existentes? A inovação, nos tempos modernos, passa muito por isto: inventam-se conceitos a torto e a direito, como se algo absolutamente novo e espectacular tivesse acabado de surgir. Mas não. Na realidade, a única coisa nova é o conceito em si, que não passa de uma catalogação diferente do que já existe. Mais exemplos.

Cupcakes. A imagem acima dispensa explicações. Já viram alguma festa de aniversário ou evento onde pudessem comer muffins? Na realidade sim, só que eles estão disfarçados de cupcakes.

Hambúrguer gourmet. Um hambúrguer. Servido no prato ou no pão. Com batatas fritas ou outro acompanhamento. Por acaso é revestido a folha de ouro ou algo do género? Não. Então é hambúrguer. Ponto.

Glamping. Acampar com glamour. E isto consiste exactamente em quê? Por acaso dormimos com baby doll, bebemos Moet & Chandon e fumamos cigarrilha durante um banho de espuma? Não. Acampamos num misto de tenda com cabana, onde temos mais comodidades do que a tradicional tenda. Exactamente como nos bungalows. Ou em cabanas de turismo rural e ecoturismo. Certo?

Brunch. O conceito inglês, que resulta da junção entre "breakfast" e "lunch", é precisamente a refeição que agrega ambas - tanto o pequeno-almoço como o almoço  - numa só. Pela lógica, toma-se depois das horas "normais" de pequeno-almoço e abrange aquela hora considerada "normal" para almoço. Eu diria que o "brunch time" se situa algures entre as 10h e as 15h. Se, por acaso, o brunch está disponível durante todo o dia, ou logo ao pequeno-almoço, ou até mesmo ao jantar - como acontece em vários espaços lisboetas - então não é um brunch! Dêem-lhe nomes "tugas" como ceia, lanche ajantarado ou pequeno-almoço tardio. Decidam-se!

Esta mania dos conceitos que viram moda mexe-me com os nervos. Já o disse. Mais um bocado e estamos a falar em "chipatos" (uns chinelos com atacadores) ou "torresmos gourmet" (continuam a ser couratos de porco, mas servidos em loiça Vista Alegre). As invenções têm limites... Assim como a nossa paciência!

Coisas que mudam quando temos um filho #2

Os nossos olhos tornam-se intolerantes a lentes de contacto.


E os velhos óculos saem novamente à rua.

Coisas que mudam quando temos um filho #1

O despertador torna-se um objecto obsoleto.


Meramente decorativo.

27 de julho de 2015

Jantar no colo


Pão de sementes com queijo-creme e salmão fumado. Sumo de abacaxi, hortelã e gengibre. E cerejas (enquanto ainda se encontram à venda).

Adoro jantares "no colo". Este, então, é dos meus preferidos.

O drama das férias, a 1 semana de Agosto...

Com Agosto a aproximar-se - e a creche do João fechada até Setembro! - há que decidir onde passar um mês inteiro de férias. Um mês inteirinho! É a primeira vez cá em casa que temos tantas férias seguidas. Melhor dizendo, é a primeira vez que EU tenho tantas férias seguidas, já que o pai só vai tirar duas semanas. E é também a primeira vez que existe uma criança a considerar na equação "férias" (o ano passado não contou porque o João tinha apenas meses e não deu para fazer grandes planos, de praia ou viagens). Este ano, no entanto, temos vários factores a considerar.

1. O João tem de passar algum tempo no Norte, com a família do lado materno, para fazer a delícia dos avós, tios e primos. Além disso, faz-lhe bem o ar do campo e o contacto com os animais da quinta.

2. A avó paterna, que passa quase todo o ano em França, quer aproveitar as férias de verão para matar saudades dos netos. Como a avó é só uma e os netos são dois, convém alinhar agendas para não ficarem os dois ao mesmo tempo - assim a avó não enlouquece em 3 dias e passa melhor tempo de qualidade com cada um dos netos.

3. Os pais gostariam mesmo muito de passar uma semaninha a dois. O pai só tem as duas últimas semanas de férias e a mãe, feliz ou infelizmente, tem mais flexibilidade, mas há que conjugar as agendas de toda a gente envolvida no processo: avós, pais, tios... Perceber quem pode ficar com o João ou, em alternativa, se ele terá de ir connosco.

4. Como os pais são novatos nesta coisa das férias em Agosto - é tudo mais caro, está tudo mais cheio, é uma confusão em qualquer lado, etc. - não planearam nada com antecedência. Conclusão: as opções "mais económicas" estão esgotadas e o resto paga-se a peso de ouro. Uma semana de férias, por muito que nos saiba pela vida, não vale um empréstimo bancário!

5. Aguarda-se, pacientemente, uma promoção de última hora. Consta-nos que a Tunísia tem andado a preço de saldos, portanto se nos aparecer um TI a 300€ nem pensamos duas vezes. Com ou sem João, aí vamos nós!

Falta uma semana para Agosto e ainda nada está decidido. Senhores das agências de viagens, operadores turísticos desta vida, divulguem lá uma promoçãozinha porreira só para eu começar a sonhar com umas férias decentes. É que, nesta altura do campeonato, a perspectiva de Agosto parece-me um enorme pesadelo.

[Quanto às creches/escolas fecharem durante tanto tempo, sempre considerei isso uma enorme estupidez, antes mesmo de ser mãe e senti-lo na pele. Como é possível que os pais, com apenas 22 dias úteis de férias por ano, consigam acompanhar as férias dos filhos? Os avós ou outros familiares nem sempre são opção, portanto o Estado deveria ter isso em conta. Das duas uma: ou diminuem as férias escolares (arranjando alternativas como ATL) ou aumentam as férias dos pais.]

24 de julho de 2015

Visto na rua

Uma senhora atravessa a passadeira com sinal vermelho para os peões. Um carro, que quase a atropelava, apita furiosamente. A senhora, cheia de si, grita e gesticula para o condutor:

- Tiraste a carta onde?! Não vês que isto é uma passadeira?

E lá continuou, indignadíssima com a falta de civismo dos condutores e convencidíssima de que a razão a acompanhava... Será que a senhora acha que os semáforos de peões são apenas uns bonequinhos que alguém ali pôs para enfeitar a passadeira?

Os homens, as mulheres e o Leroy Merlin

Fomos ao Leroy Merlin comprar azulejos para uma parede da cozinha.

Ele: - Acho que três caixas destes devem chegar.

Eu: - Mas mediste os metros quadrados?

Ele: - Sim. Acho que são 4.

Eu: - Achas? Não tens a certeza?

Ele: - Então, se uma parede tem um metro e a outra dois...

Eu (interrompo, já a fritar com as multiplicações): - Mas se não tens a certeza das contas, pergunta ao senhor.

Ele: - Não é preciso. É isso. São três caixas.

Eu: - De certeza que não queres perguntar ao senhor?

Ele (enquanto coloca as três caixas no carrinho, a bufar): Já está. Vamos embora!

[A caminho da caixa. Ele à frente e eu atrás, não satisfeita com a dúvida. Encontro um funcionário e aproveito para lhe perguntar como se fazem as contas aos metros quadrados, afinal, de forma a sabermos quantas caixas de azulejos levar. O funcionário saca de uma calculadora e dá-nos a resposta, assertiva. Como eu suspeitava, as contas dele diferem das nossas.]

Funcionário: Só vão precisar de duas caixas. E mesmo assim vai sobrar.

[Voltamos para trás. Deixamos ficar uma das caixas.]

Eu: Porque é que não perguntas logo ao senhor, se tens dúvidas? É por isso que eles cá estão.

[Ausência de resposta. Orgulho másculo claramente ferido.]

Moral da história: A experiência de compra no Leroy Merlin é radicalmente diferente para homens e mulheres. ELES acham que sabem tudo e que tratam a "bricolage" por "tu". ELAS gostam simplesmente de meter conversa com funcionários encorpados a fazer lembrar empreiteiros sexy.

23 de julho de 2015

Para quando GPS tracking nos comandos de TV?

A sério. Se ninguém inventar, eu tiro um MBA no MIT (ler com sotaque inglês, por favor: "Master of Business Administration" e "Massachusetts Institute of Technology"),
monto a minha própria empresa de electrónica e dedico-me a isso: comandos de TV rastreáveis por GPS. Milhões de pessoas em todo o mundo iriam agradecer, donos distraídos ou pais desesperados.

Quem tem filhos, sabe do que falo. Além do fascínio que eles têm por tudo o que são comandos (televisão, box, aparelhagem, ar condicionado, domótica...), têm um fascínio ainda maior por enfiá-los em sítios recônditos que não lembra a ninguém, muito menos aos pais. Não há dia em que o comando fique sossegadinho no porta-comandos (há nome melhor que designe a bolsa que fica pendurada no braço do sofá, onde se enfiam todos os comandos? Se há, desconheço...). Ainda agora, estive mais de 10 minutos de rabo para o ar, a espreitar debaixo do sofá, da mesa, dos móveis da cozinha... Dentro da máquina de lavar, do móvel da entrada, das caixas na casa-de-banho... OK, lá o encontrei. Estava no cesto dos limões. Felizmente, a casa é pequena, o que limita bastante a área a procurar. Mas estou em crer que, um dia destes, sou bem capaz de ligar ao departamento de buscas da PJ, da Força Aérea ou da Marinha. "Estou, boa noite. Quero reportar o desaparecimento de um comando de televisão, por favor..."

A gama MALM do IKEA

É a gama que escolhi para o meu quarto. Cama e mesas de cabeceira. Só não comprei também a cómoda porque não tinha espaço.
 
 

Ora, vem isto a propósito de quê? Surgiram hoje notícias de que as cómodas MALM são potencialmente perigosas. "Como assim, perigosas?", perguntam vocês. Têm dentes que mordem, espinhos que picam, gavetas que lançam gases venenosos? Nada disso. O alerta de perigo foi dado pela Comissão de Segurança do Consumidor dos EUA (CPSC), que recebeu várias queixas de ferimentos provocados pela queda destas cómodas, sendo que os acidentes mais graves resultaram na morte de duas crianças - um menino de 2 anos e um bebé com pouco mais de 1 ano. Estas duas mortes motivaram a CPSC a emitir um alerta a todos os consumidores que tenham cómodas MALM, aconselhando-os a afixarem esses móveis à parede (uma recomendação, de resto, escrita no manual de instruções do móvel).

O IKEA, reagindo prontamente a estas questões de segurança (como é habitual!), lamentou o sucedido (claro!), relembrou os consumidores que devem seguir à risca os manuais de instruções (quantos de nós o fazem?) e anunciou que oferece o material de afixação a quem já o tenha perdido. Quanto a retirar as cómodas de circulação, isso não está em causa, diz o IKEA, até porque as mesmas cumprem todas as normas de segurança (confere: a recomendação para afixação do móvel à parede, bem como o respectivo material para o efeito, vêm incluídos).



Sendo eu uma super fã do IKEA (deixo para outro post este meu fascínio/obsessão/paixão absoluta), estou particularmente atenta a estas notícias e acho que eles "não brincam em serviço" com questões de segurança. Os manuais de instruções contêm sempre todos os avisos necessários (como este, de afixar os móveis à parede) e eles retiram produtos de circulação sempre que há qualquer indício de perigo ou falha de segurança. Assim de repente, lembro-me de dois ou três produtos que andei a namorar e que, quando finalmente me decidi a comprá-los, já tinham sido descontinuados precisamente por essas razões.

Eu não sei o que os americanos põem nas suas cómodas, ou a força que as crianças de lá têm para conseguir fazer tombar uma cómoda destas. Claro que é possível, tanto é que aconteceu, mas eu conheço bem a gama e parece-me robusta o suficiente para inspirar confiança. Independentemente disso, da "confiança" que inspira, se eu tenho crianças em casa vou jogar pelo seguro e afixar TODOS os móveis à parede - quer isso venha mencionado no manual de instruções ou não. Certo?

Para quem tenha crianças em casa, para quem não tenha crianças em casa, para todos os que tenham cómodas MALM em casa (com crianças ou sem crianças)... Fica o alerta!

It's a new day

E uma consulta no ginecologista, para começar bem o dia? NOT!

Há dias assim

Há dias assim.
Por muito que o sol brilhe, não nos ilumina.
Estamos cinzentos por dentro.
Duvidamos de tudo, até mesmo de nós.
Na nossa cabeça um único pensamento:
Mais valia termos ficado na cama!

Há dias assim.
Em que nos apetece desistir, largar tudo e ir de férias.
Só o insuportável mau-humor não nos larga.
Há muito que a energia e a criatividade o fizeram.
Maldita a hora em que saímos da cama!

Há dias assim.
Em que o tempo corre e não nos chega!
Mas ainda que chegasse, seria inútil.
Nada de extraordinário se faz em dias assim.
O melhor mesmo é voltarmos para a cama!

Há dias assim.
Em que pensamos demasiado nas coisas.
Fazemos, refazemos e nada do que empreendemos presta.
Mudamos de rumo à toa, perdemos certezas do caminho.
Para que lado fica a cama?

Há dias assim.
Em que somos trapos, e não pessoas.
Seres acéfalos.
Despojos de guerra.
Vamos só ali espojar-nos na cama...

Há dias assim.

Felizmente, são apenas dias.
Sobram-nos semanas, meses e anos.
Para sermos o oposto do que fomos hoje.
Fazermos o que não fizemos hoje.
Acreditarmos no que não acreditámos hoje.

Há dias assim.
Há e, com certeza, haverão muitos mais.
Que ao menos eu esteja de férias.
Para lhes acenar da minha cama de rede.
Inerte, passiva, a ver a banda passar.
Até que esses dias dêem lugar aos outros...
E a vida faça sentido novamente.

[Post com atraso, a propósito do dia de ontem.]

21 de julho de 2015

Ovos escoceses

Créditos da imagem: Emma Lee

Ando viciada em ovos escoceses. Foi esse o almoço de hoje, uma receita repetida várias vezes no espaço de algumas semanas. Isto, para quem não costuma cozinhar, é um feito. Além disso, uso uma receita mais saudável que é, também, super fácil de fazer. Maravilha.


A receita (para dois):

4 ovos cozidos
400 g de carne picada
1 ovo para bater
pão ralado q.b.
sal e pimenta q.b.
ervas aromáticas (tomilho, orégãos...)
1 colher (sopa) de molho inglês

Com os ovos já cozidos, temperamos a carne picada (sal, pimenta, ervas aromáticas e o molho inglês). Dividimos a carne em quatro porções e espalmamos, fazendo uma espécie de hambúrgueres. Colocamos um ovo cozido (sem casca, obviamente) no centro de cada "hambúrguer" e moldamos pequenas bolas, até que a carne tape completamente o ovo. Passamos por ovo batido e pão ralado e levamos ao forno, pré-aquecido a 200ºC, até que as bolas estejam bem douradinhas. Demora cerca de 20 minutos. Para acompanhar, basta uma salada. Bom apetite!

Crocodile Dundee

Lembram-se do Crocodile Dundee? (Se nunca viram, shame on you!)


O episódio do Mick Fanning e do tubarão fez-me lembrar o filme que vi numa cassete VHS trazida da Suíça pelo meu cunhado Manel. Na altura, a par das dezenas de chocolates suíços, as cassetes VHS eram o tesouro mais aguardado na chegada dos meus cunhados, sempre que eles vinham passar férias a casa. Eu e a minha sobrinha, do alto dos nossos 10 e 6 anos (mais coisa menos coisa), vimos o "Crocodilo Dundee" (versões I e II - de 1986 e 1988) vezes e vezes sem conta. Nem sei como não gastámos a cassete com tanto uso. Anos mais tarde, apareceu a sequela "Crocodilo Dundee em Los Angeles", mas já não era a mesma coisa... E por vários motivos que não apenas a qualidade do filme. Já se perdera a magia da cassete VHS e nós, tanto eu como a minha sobrinha, estávamos na idade de outros interesses.

Voltando à razão pela qual me lembrei deste filme.  Quem viu, lembra-se da forma como o protagonista, Michael Dundee, se atirava aos crocodilos, recorrendo apenas à sua força de braços (e ocasionalmente a uma pequena faca). Alguns murros, numa luta mano-a-mano, e o crocodilo era "encostado às cordas". Tudo isto, então, me parecia surreal. "Um homem conseguir dominar um animal tão selvagem e perigoso como aquele?!". Demasiada ficção.

Eis senão quando a realidade me prova que a ficção, afinal, não está assim tão longe. Mick Fanning, na minha cabeça, é o Michael Dundee dos tempos modernos. Produtores de Hollywood que me estão a ler, fica a ideia para um remake: Shark Fanning?!

Mick Fanning e o tubarão

Há 2 dias, o Homem levou a melhor sobre o tubarão.

Mick Fanning, tri-campeão mundial de surf, foi atacado por um tubarão enquanto disputava a final da J-Bay Open, na África do Sul. Por incrível que pareça, depois de uma luta "corpo a corpo", Fanning escapou sem qualquer ferimento. Esta história, que tem percorrido os media e as redes sociais, vai - com certeza - ser recordada durante muitos e muitos anos. É um exemplo ímpar de sobrevivência e a constatação de que o improvável acontece. Inspirador.

Entre as histórias que vão surgindo nos media ou redes sociais e que são divulgadas massivamente, a grande maioria é de carácter negativo (crítica, denúncia, revolta, indignação). De vez em quando, só para contrariar esta tendência, é bom assistirmos a partilhas de história como esta, de esperança e ode à vida. O Mick Fanning pode voltar a ganhar campeonatos do mundo e ser autor das maiores proezas de surf, mas a maior de todas é esta: o dia em que ele esmurrou um tubarão e saiu ileso.



Podem ver a reportagem mais alargada aqui.

20 de julho de 2015

Cof, cof, cof...

A tosse está para os bebés e crianças como o acne está para os adolescentes.

É uma condição recorrente, que insiste em aparecer. Dizem que faz parte. No caso da tosse, os pediatras nem sequer aconselham a medicar para esse fim (apenas para as causas que a provocam, no caso de existirem outros sintomas). Dizem que a tosse é a "limpeza" natural do aparelho respiratório, uma defesa que o organismo "acciona" sempre que existem infecções nas vias aéreas. Uma coisa boa, portanto. (Grande exemplo de que as coisas boas nem sempre são as mais fáceis!)

De todas as vezes que o João teve tosse, só fomos ao hospital na primeira - e porque, na altura, ainda não sabíamos que devíamos esperar por outros sintomas. Tais como:

- vómitos
- palidez ou pele arroxeada
- febre
- dificuldade em respirar
- respiração ofegante
- sons estranhos ao tossir e respirar
- "buraquinhos" na zona das costelas ao inspirar
- mudança drástica no comportamento e estado anímico

Felizmente, a tosse do João sempre foi um caso isolado, sem demais sintomas. A tal "limpeza" nas vias respiratórias. E esse tipo de tosse, em regra, piora (ou apenas se manifesta) durante a noite. O que é sinónimo de noites sem dormir. Se pensarmos que cada episódio de tosse dura, em média, uma semana, são quatro ou cinco noites sem dormir.

Vá de levantar a cabeceira do berço, pôr almofadas debaixo do colchão, ir dando bastante água a beber, fazer soro fisiológico no nariz, aerossóis e trinta por uma linha. À parte estes pequenos "truques, não há nada mais a fazer, é mesmo esperar que passe. E ir para a cama bem cedinho, tentando fechar os olhos entre um "cof cof" e outro.

Hoje, às 21h estou na cama!

17 de julho de 2015

Cursos com 0% de desemprego?! Pois, sim.

O Observador divulgou esta semana uma lista com os 81 cursos que empregaram todos os seus alunos. Todinhos, sem excepção.

(pausa para reler e processar)

Na tal lista, há alguns cursos óbvios, como Medicina e Engenharia informática, que me convencem das estatísticas. Mas outros cursos há, tais como Guias da Natureza (?), Música (em variantes como Jazz, Canto ou Composição Musical), Química Medicinal (?), Astronomia... Ou até mesmo Comunicação, Cultura e Organizações... Não me venham dizer que todos estes cursos registam 0% de taxa de desemprego porque eu não acredito! Que ZERO alunos se tenham inscrito nos Centros de Emprego é uma coisa, mas daí a estarem todos empregadinhos nas suas áreas?! Não me parece...

Se porventura estiver enganada, alguém que me diga. É que, nesse caso, vou já ali à Universidade de Évora inscrever-me no curso de Matemática Aplicada!

[Além de apostar num emprego garantido, ainda fico perto do nosso antigo primeiro-ministro para umas visitas semanais. Só vantagens!]

Grande BAR!

A agência de publicidade por detrás da nova campanha da Sagres é a BAR, que eu conhecia apenas de nome por causa deste programa. Qual não é o meu espanto ao descobrir, só agora!, que eles são responsáveis por algumas das minhas campanhas publicitárias preferidas?! Viram a campanha dos 70 anos da CUF, incrivelmente bem feita e tocante? É deles!

 

É caso para dizer que a BAR, no que à publicidade diz respeito, não nasceu ontem. Well done!

[Se alguém da BAR algum dia me ler, ou se alguém que conheça alguém que trabalhe na BAR algum dia me ler, fica a dica: tiro cafés, preparo cocktails, sirvo às mesas... seria uma honra trabalhar na BAR!]

A música de verão da Sagres

É simplesmente genial. O César Mourão e o Salvador Martinha foram uma excelente "aquisição publicitária" da Sagres. Estou curiosa para ver de que forma é que a música vai pegar. "Sai da toca, Zé, sai da toca, Zé!". Muito bom :)


Gosto particularmente do final. "Vais ao bar e pedes uma... Espera lá, o que é que rima com milagres?". Subtil. Ahah.

Parabéns a toda a equipa por detrás desta campanha. Desde a ideia, à letra da música, à produção do vídeo... Isto, sim, é boa excelente publicidade!

Cursos, para que vos quero #2



Outro curso que tirei recentemente foi o de Search Marketing Strategies, com foco em SEO (Search Engine Optimization) e SEM (Search Engine Marketing). E porquê? Em primeiro lugar, porque quase todos os anúncios de emprego na área dos conteúdos pedem conhecimentos de marketing digital; depois, porque o marketing faz realmente parte do meu leque de interesses (sendo que, nos tempos que correm, não faz sentido estudar o marketing tradicional sem abordar o digital).

Falando do curso, importa dizer que fiquei completamente viciada nesta coisa das palavras-chave. A premissa fundamental do SEO, para quem não sabe, é a definição de palavras-chave (ou keywords) que melhor caracterizem o nosso negócio/produto/serviço/marca. E como é que isto acontece, na prática?

1. Qualquer profissional de SEO deve começar por fazer um estudo exaustivo de palavras-chave. Quais as palavras que melhor definem a marca/negócio? Quais as palavras pelas quais os utilizadores poderão chegar até à marca/negócio? Quais as palavras que reflectem necessidades dos utilizadores da marca/negócio? Etc., etc., etc. Um bom estudo de palavras-chave deve esgotar todas as possibilidades, do ponto de vista da marca/negócio e do utilizador.

2. A partir do momento em que damos por concluído o nosso estudo, restringimos a centena de palavras-chave a meia-dúzia. Não tem de ser exactamente este o número, mas importa que sejam poucas as palavras-chave. Para que não haja dispersão de conteúdos. Keep It Simple.

3. Finalmente, já com uma mão-cheia de palavras-chave espectaculares, começamos a estruturar toda a nossa comunicação digital (o site, as redes sociais, etc.), fazendo-o de forma pertinente e criativa. Por um lado, queremos aparecer nas primeiras posições do motor de busca, mas também não queremos bombardear os utilizadores com textos sufocados por palavras-chave. Encontrar o equilíbrio entre uma coisa e outra é precisamente o desafio de quem produz os conteúdos - A.K.A. myself.

Idealmente, estes passos (1-2-3) deverão ser feitos antes da criação de uma marca/negócio, para alicerçar bem a casa antes de a construir. No entanto, o que acontece quase sempre é a "reconstrução" da casa, ou seja, marcas/negócios que já têm sites implementados e que querem refazê-los à luz da optimização (afinal, é disso que se trata).

E depois, o que se segue? Partindo do princípio que já temos o nosso site super optimizado, aparecemos nas primeiras posições do Google, a vida corre-nos bem (em teoria)... O que fazer para melhorar os nossos números (tráfego, vendas, visualizações, etc.)? Basicamente, é um processo constante de SEO e SEM, em que o primeiro deve fazer parte da estratégia global do segundo, mas não basta per se. A reestruturação das palavras-chave, consoante estejam a produzir resultados ou não, a medição de resultados pelo Analytics, o investimento em Adwords.. Tudo isso é apenas uma parte das boas práticas de SEM.  

É incrível como ainda há tanta gente a usar a internet para fins de negócio sem este conhecimento. E tanta gente (marcas, negócios, projectos, etc.) a subestimar o valor de bons conteúdos. O mais incrível é que tudo isto é relativamente fácil de implementar. Partindo, lá está, de bons conteúdos (sempre!). Se os nossos conteúdos estiverem alinhados com as keywords, bem estruturados e consistentes com os nossos objectivos, é meio caminho andado para entrarmos nos primeiros resultados de busca do Google. Com a importância que isso representa para qualquer marca. E isso toda a gente sabe.

Eu e as bichas

Calma com as interpretações. Estou a referir-me a filas, também conhecidas por bichas. Feita a ressalva, o que dizer sobre o assunto? Antes de mais, uma constatação em forma de pergunta: porque será que escolho sempre as filas erradas?

Passo a explicar.

Por norma, em todas as filas que me meto, escolho sempre, SEMPRE, as mais demoradas. E eu que até sou pessoa para fazer uma análise prévia da coisa, considerando o número de pessoas à minha frente, o aspecto mais ou menos expedito do funcionário na caixa (dou sempre uma espreitadela para ver se a pessoa me parece despachada ou não), o próprio aspecto das pessoas na fila (evito filas com idosos ou pessoas com "MOROSO" escrito na testa). Tudo preconceitos. Que saem gorados, lá está. Porque, invariavelmente, a minha fila - que tem tudo para ser a primeira a andar - é a que demora mais tempo. O mesmo se passa no trânsito - assim que mudo para a faixa que está a andar mais rápido, pimba, o ritmo desacelera para passo de caracol. O problema é meu, só pode!

Exemplos concretos, só no dia de hoje:

9h45: já atrasada para uma formação, em Cascais, apanho fila na saída da CRIL para a A5. Das duas faixas escolho a que me parece andar mais depressa. Erro crasso. Demorei 15 minutos a fazer 100 metros. E fiquei a ver os carros da faixa ao lado passarem por mim em modo Speedy Gonzalez (perdoem-me o exagero, mas no momento era o que parecia!). Está bem que podia ter voltado a mudar de faixa, mas raramente o faço. Por teimosia e persistência, fico-me por aquela que escolhi ("na saúde e na doença"), confiante de que é uma questão de tempo até a coisa melhorar. Pois, sim.

13h15: na fila para o almoço - era só uma, não havia como enganar. Em que pessoa é que a máquina da funcionária encrava?! Pois. Para quem não sabe do que estou a falar, eu explico. Estão a ver aqueles funcionários que "varrem" as filas com uns tablets ou gadjets semelhantes, a registar os pedidos dos clientes, antes da chegada efectiva à caixa? Então, a maquineta da funcionária encravou na minha vez. Como se isso não bastasse, no final do meu pedido, a funcionária ainda me pergunta: "Então e a filha, não vai querer nada?". Isto enquanto apontava para a adolescente atrás de mim. Está bem que as olheiras me fazem parecer mais velha, mas não exageremos...

17h30: na fila do supermercado, com umas compras rápidas para o jantar do João. Encontrei a única caixa que tinha uma pessoa - UMA PESSOA. Acontece que essa única pessoa queria pagar com cartão Jumbo, mas não se lembrava do código. "Deves acreditar no Pai Natal", pensei. Ignorava, nesse instante, que afinal é possível. Demora tempo, mas é possível. Como? Através de uma maquineta com ar rudimentar que faz uma espécie de impressão do cartão em papel químico. Não sei os termos técnicos, nem sequer sei se estou a explicar bem o processo. Só sei que demorei 15 minutos para ser atendida. Vá lá, ao menos aprendi alguma coisa.

Daí até ao final do dia não me meti mais em filas (nem elas se meteram em mim). Creio, no entanto, que já deu para perceber o padrão que existe na equação "eu + bichas". E já que abrimos a caixa de Pandora, deixem-me aproveitar para fazer uma declaração pública de ódios, neste departamento:

- ODEIO condutores que se metem "à má fila" (passo a redundância) mesmo em cima da saída, ignorando a fila interminável de condutores civilizados que, provavelmente, já ali estavam quando os tais condutores pegaram no carro. Alguns destes anormais ainda têm a "decência" de pôr o pisca, como quem diz: "eu pedi permissão!". Enfim. Quando entrar em vigor o sistema de pontos nas cartas, a falta de civismo devia somar pontos negativos, abaixo de zero mesmo!

- ODEIO pessoas que se julgam no direito de passar à frente nas filas de supermercado só porque têm duas ou três coisas no cesto de compras. E se alguém lhes responde que está com pressa ou que também tem pouca coisa, é vê-las protestar, como se a razão estivesse do seu lado. Not!

- ODEIO pessoas que, atrás de nós na fila, nos vão empurrando para avançar, enquanto bufam ao nosso ouvido, como se a culpa da demora - ou até da desgraça no mundo - fosse nossa. Please, inscrevam-se no ioga!

E pronto. No geral, é isto. No particular, é muito, muito mais. Mas não vos quero maçar. Para isso, já bastam as filas!

16 de julho de 2015

Nova Peixaria (fish bar)



Experimentei hoje, pela primeira vez, a tão (bem) falada Nova Peixaria. Não fazia ideia que o restaurante também existia em centros comerciais (ou talvez ainda só exista no Allegro, não sei) e foi a minha escolha para o almoço.


Prego de atum em bolo do caco com salada mediterrânea e batata doce frita (um extra por mais 0,50€). Delicioso. Só não fiquei super fã das chips de batata doce, mas talvez porque tenha criado expectativas demasiado altas (já me tinham falado maravilhas das ditas e, quando é assim, normalmente as expectativas saem frustradas). Mas, no geral, é um sítio a repetir. O preço do menu está ali entre os 6,90€ e 8,90€, com prato, 2 acompanhamentos e bebida. O chá mate detox é hiper mega refrescante, adorei!

Homem-Formiga?! Really?


Entre os filmes que estreiam hoje está o "Homem-Formiga" (Ant Man, no original). Confesso que, de todos os super-heróis possíveis e imaginários, este nunca me passaria pela cabeça. Um super-herói que encolhe ao tamanho de uma formiga? Mas isso não é precisamente o oposto do que um super-herói deve fazer e ser? Grandioso? Imponente? Marvel, Marvel... do que te foste lembrar!

Fico curiosa, however, para ver o protagonista, Paul Rudd, no papel de um super-herói. O trailer, não sendo nada de espectacular, tem uma frase genial: "One question. Is it too late to change the name?". Ahah.


15 de julho de 2015

Espelho meu, espelho meu, haverá blogue melhor que o meu?


Faltava, aqui no estaminé, uma listagem dos blogues que acompanho.

[Done. Queiram consultar a lateral direita ao fundo, por favor.]

Antes mesmo de me ter tornado blogger, já seguia alguns dos blogues nessa lista, assim como outros que entretanto deixaram de existir. Vão reparar que, na generalidade, são blogues de maternidade, de moda ou de receitas. Algumas considerações sobre cada um dos temas. Quanto a maternidade, parece-me evidente o meu interesse. A partir do momento em que me juntei ao "clube", senti necessidade de ler sobre o assunto e "identifiquei-me" imediatamente com aquelas mães/bloggers capazes de desconstruir a maternidade, falando das coisas como elas são - com cocó, com birras, com dias mal-humorados e cinzentos - além do típico cutchi-cuthi, isto-de-ser-mãe-é-só-florzinhas-e-algodão-doce. Eu própria me tornei uma mãe assim, terra-a-terra.

Sobre moda, interessa voltar a repetir que não é uma área que eu domine ou sobre a qual tenha grande propriedade para falar, mas gosto de ler sobre as últimas tendências, sugestões de compras, looks alheios, etc. Que mulher não gosta? Além disso, tenho em mim uma designer de moda em potência, já o disse. [Embora eu seja uma nódoa com o meu próprio estilo (se é que tenho algum!), gosto de apreciar e opinar sobre estilos alheios. Acho mesmo que tenho boa noção do que fica bem a cada um.]

Já a culinária entrou recentemente na minha lista de interesses "blogueiros", pela necessidade de encontrar receitas saudáveis que não me desgraçassem a dieta e que, com mais ou menos dificuldade, eu conseguisse fazer. Dos milhares, senão milhões, de blogues de receitas, gosto particularmente dos que têm boas fotografias e um design apelativo - os olhos também comem, verdade?

Além destas temáticas, há ainda outros blogues que sigo simplesmente por me identificar com o/a autor(a) e a sua maneira de escrever, pensar e olhar o mundo. Independentemente da "linha editorial".

Claro que esta minha "lista de leitura" irá sofrer alterações, tendencialmente crescer, à medida que eu for descobrindo blogues interessantes, quanto mais não seja porque os meus interesses estão sempre a mudar. Sabe-se lá se amanhã não descubro um fascínio nunca dantes manifestado por ornitologia?! Pouco provável, mas possível...

Quão estranho é... eu não saber a minha própria idade?

Sempre que me perguntam a idade, verbalmente ou num qualquer impresso/formulário para preencher, tenho de contar pelos dedos. "Ora bem, se nasci em 83, estamos em 2015, portanto...". Não estou a exagerar, é realmente assim. Claro que tenho uma noção aproximada, até porque sei que já passei a bitola dos 30. Mas a partir daí perco-me: serão 31, 32? Agora mesmo, para perceber qual é, afinal, a minha idade, estou a contar pelos dedos. Certo, vou fazer 32 em Dezembro, portanto tenho 31.

Serei a única com este problema?

Será que Freud explica?

13 de julho de 2015

Criar um blogue - 10 razões para o fazer (ou não)

1. Criar um blog, nos tempos que correm, é praticamente obrigatório. Para quem gosta de escrever, para os amantes da fotografia, para os aficcionados do vídeo... E até mesmo para quem não gosta de nada disto, mas tem tempo livre, opiniões de sobra, ambições de "pipoca mais doce" (a celebridade do meio) ou conhecimentos altamente especializados numa determinada matéria (compras, roupa, maquilhagem, maternidade, pesca, halterofilia e por aí em diante).

2. Criar um blog não é o mesmo que criar um site. Além de não ter custos, também não tem a carga de seriedade e responsabilidade que um site implica. O site é para profissionais. Já o blog é uma espécie de meio-termo entre o diário que guardamos na gaveta (e que outras pessoas começam a ler, além da nossa mãe) e os textos que sempre quisemos publicar na nossa revista ou jornal preferidos.

3. Criar um blog dá-nos um estatuto fixe, de pessoas que ousam criar e dar asas ao espírito empreendedor (mas apenas nos tempos livres, atenção).

4. Criar um blog tem um "je-ne-sais-quoi" de blasé. Fingimos que o fazemos só por nós, sem pretensões, quando na verdade fazemo-lo para que nos leiam.

5. Criar um blog é exactamente como a experiência do feijão na escola primária. Assim que colocávamos o feijão num pedaço de algodão embebido em água (o equivalente a clicar no botão de "criar blog"), o sentimento era de ansiedade - "E agora, o que vai acontecer?". Mas tínhamos de molhar o algodão, dia após dia, deixando-o num sítio iluminado, para que a semente pudesse germinar. A mesma coisa se passa com o blog: precisamos "regá-lo" de conteúdos, mantê-lo "iluminado" de ideias. E só alguns dias depois, se fizéssemos tudo bem, é que o feijão germinava. Aquela nesga de verde a espreitar por entre o algodão branco enchia-nos de deslumbramento e entusiasmo, por vermos crescer algo plantado por nós. Mais ou menos como a sensação de ver o nosso blog receber visitas, comentários e partilhas... É a dose de adrenalina que nos faz querer manter o blog alive and kicking. No entanto, se somos daqueles que nunca conseguiram fazer germinar o pé de feijão ou que o deixaram morrer pouco depois, mais vale esquecermos a ideia de nos tornarmos bloggers.

6. Criar um blog (e mantê-lo) não é para todos. Há que ter dedicação. Fazer posts com alguma regularidade. Pensar em conteúdos pertinentes (não só para nós, mas para quem achamos que nos lê).

7. Criar um blog (com visitas e interacções) é também criar uma rede de contactos e partilhas online. Nenhum Homem é uma ilha, assim como nenhum blog o deve ser.

8. Criar um blog é passar a olhar o mundo com o inevitável "filtro editorial" (o que posso aproveitar para o blog? Quais as minhas fontes de inspiração?).

9. Criar um blog é passar menos tempo a ver televisão, mas fazê-lo enquanto tempo de qualidade.

10. Criar um blog é, no fundo, a concretização parcial da tríade da vida: escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Embora não seja livro, filho ou árvore, um blog tem um bocadinho de tudo isso.

Ídolos

Confesso que não tenho acompanhado esta edição do Ídolos com a mesma atenção de outras edições. Vou espreitando, entre o zapping, e leio algumas coisas sobre os concorrentes. O suficiente para perceber que há apenas dois ou três potenciais "ídolos". E, ainda assim, nenhum deles prima por um talento absolutamente distintivo e espectacular. Claro que têm boas vozes, uns mais do que outros, mas acho que lhes falta carisma e atitude, aquele "bocadinho assim" que faz toda a diferença...

Na gala de ontem, gostei apenas de três actuações: a da Rita Nascimento, a da Sara Martins e a do Luís Travassos. Foram mesmo os únicos que ouvi do início ao fim, sem mudar de canal, o que me parece um bom indicador de "audience engagement". O facto de gostar bastante dos temas que eles cantaram ajudou, mas só porque eles os cantaram (quase) tão bem como os respectivos autores.






Estes 3 temas, absolutamente maravilhosos, têm sido a minha banda sonora desde manhã cedo. 

12 de julho de 2015

Cursos que prometem o futuro!

Se és jovem, tens mais de 18 anos (ok, também podes ter um bocadinho menos), não sabes o que fazer à vidinha depois dos festivais de Verão e estás farto de ouvir os teus pais dizer que não sustentam malandros... Este anúncio é para ti!


E este.

Ou ainda estes.


Os anúncios a cursos andam aí. A época de "caça" está aberta, estejam atentos!

10 de julho de 2015

Pergunta, mas não abuses!

Há jornalistas - tantos - que não sabem fazer perguntas. Um princípio básico da profissão, indagar, questionar, e eles não sabem fazê-lo. Ou melhor, não sabem fazer perguntas inteligentes, as perguntas certas. Então, massacram os entrevistados, esperando que alguma das respostas tenha "sumo". Talvez queiram vencê-los pelo cansaço. 


Neste caso, o Cristiano Ronaldo começa por responder de forma diplomática, até que se farta. E com razão.

[A pressão a que os jornalistas estão sujeitos para sacar "notícias", "exclusivos", "declarações bombásticas", "polémicas", etc., também não ajuda nada ao bom exercício da profissão.]

Marcadores de livros

www.observador.pt

O novo livro da Andreia Vale interessa-me primeiro pelo tema: expressões idiomáticas. Como maníaca e curiosa da língua, adoro saber a origem das expressões que todos usamos, muitas vezes de forma errada ou sem lhes conhecermos o verdadeiro significado. Além disso, a capa é gira, o título maravilhosamente bem escolhido e o marcador em forma de sardinha é simplesmente a coisa mais fofa que alguém se lembrou de inventar como marcador de livro. Eu sinto que as editoras subestimam o design dos marcadores, enveredando quase sempre pela versão reduzida da capa... Mas porque não "dar vida própria" ao marcador, fazendo com que ele seja parte importante da experiência de leitura (que começa pelo olhar)? Alguns exemplos, ao nível da sardinha, abaixo.


www.icoeye.com

9 de julho de 2015

A única coisa boa à saída de um cabeleireiro...

É o cheirinho a cabelo novo. Hummm. Onde se encontram champôs que cheirem tão bem?! MEU DEUS! Só apetece comer madeixas do nosso próprio cabelo!

[Do resto, nem vale a pena falar. Haverá alguém que saia de um cabeleireiro feliz-da-vida com o seu corte de cabelo novo? Sinceramente, com tanto volume, parece que temos um abat-jour enfiado na cabeça! E até que o volume desapareça e possamos vislumbrar devidamente o novo corte, só depois de alguns dias. É mais ou menos como desempacotar colchões do IKEA, mas ao contrário.]

8 de julho de 2015

Da idade que temos e parecemos

Créditos da imagem: popmatters.com

Se há pessoa que não aparenta, de todo, a idade que tem é o senhor da foto. Ringo Starr, ex-baterista dos Beatles, fez ontem 75 anos. 75! Por mais que tente, simplesmente não consigo associar o número à foto...

It's a Brad, Brad World



Não tenho pudor em assumir que gosto de reality shows. Dos tempos em que via o "The Rachel Zoe Project", já achava piada ao assistente, Brad Goresky. Não sendo o protagonista, ele era metade da graça do programa. A sua personalidade esfuziante compensava o mau-feitio de Rachel e os dois formavam a perfeita dupla estilista-assistente. Até ao dia em que "se zangaram as comadres" e, sem nunca se ter percebido exactamente como nem porquê, Brad demite-se do cargo de assistente e abandona o programa. A polémica foi grandemente alimentada pelos media, com o diz-que-disse, resposta e contra-resposta, mas a verdade-verdadinha nunca se descobriu. E também não vem ao caso [eu sou e serei "team Brad", no matter what].

Isto para vos dizer que Brad surgiu das cinzas, qual Fénix renascida, com um programa só seu. "It´s a Brad, Brad World" está a ser emitido na SIC Mulher (de 2ª a 5ª feira, por volta das 14h) e já me conquistou! Ou melhor, foi Brad quem me reconquistou... Lembro-me da primeira impressão que tive dele: gay, óculos de massa, roupas justas e coloridas... Cliché! Nenhum curso de styling conseguiria superar aquela aparência, igual a um passe VIP para o mundo da moda. Mas entretanto percebi que o rapaz tem conteúdo, além da forma. Consegue, como poucos, tirar proveito do seu carisma e estilo pessoal. E assenta nesses dois elementos o sucesso da sua marca. Besides, parece-me que o faz de forma genuina. Claro que os filtros de um reality show são tantos que as coisas (quase) nunca são o que parecem. No caso de Brad, eu acredito realmente que ele PAREÇA e SEJA praticamente o mesmo.

Se é verdade que aproveitou a "boleia" de Rachel? É. E fez muito bem. Qualquer um no seu lugar teria feito o mesmo. Se isso não lhe retira mérito? Não. Afinal, foi ele (e não Rachel) quem conquistou a empatia do público (eu incluída).

Brinquedos não-brinquedos

Vassouras, tupperwares, comandos, telemóveis, bibelôs, o faqueiro de prata ou o serviço da Vista Alegre. Os putos até podem ter a Toys R Us dentro de casa, mas só brincam com o que não devem! É matemático, científico, comprovado, tão certinho como 2+2 serem 4. Até podemos espetar-lhes com a quinta dos animais ou o ursinho que ensina as cores à frente dos olhos. Eles vão sempre preferir outros entretenimentos, OU SEJA, as coisas mais desenxabidas que existem lá por casa!

O que dita a atracção dos putos por objectos estapafúrdios? O telemóvel e os comandos ainda se percebe, vá... São "brinquedos" que os país manuseiam muitas vezes e a coisa dá-se por imitação. Então e o piaçaba, a pá do lixo, o swiffer ou o cesto das molas? Nenhum destes objectos toca musiquetas engraçadas ou tem luzes psicadélicas, mas atraem os putos como as abelhas ao mel. Vá-se lá entender!

Pais que me leiam, gastem o vosso dinheiro em coisas realmente úteis. Se querem oferecer brinquedos aos vossos filhos, vão à Polux! De certeza que eles vão delirar com um novo conjunto de tupperwares...

6 de julho de 2015

Cursos, para que vos quero #1


www.edit.com

Já aqui disse que gosto de cursos. Gosto de aprender coisas novas e, acima de tudo, tenho necessidade de conhecer outras áreas de actividade - mais ou menos circundantes à minha - para ter a certeza de que estou a pôr em prática a minha vocação (chamamento divino, missão de vida, you name it!). Sabe-se lá se não tenho em mim uma brilhante designer de moda ou uma proeminente marketeer?

Esta é realmente uma das minhas maiores inquietações: como saber se estamos na área/profissão certa, se não experimentarmos TODAS as possibilidades? OK, é ambicioso (e provavelmente impossível) conseguir fazê-lo em apenas uma vida. Mas... Podemos ao menos restringir a nossa pesquisa com base no que conhecemos bem sobre nós! Eu, por exemplo, sei que gosto de escrever, sou fascinada pelo design e pela estética das coisas e não me imagino numa profissão totalmente desprovida de criatividade. A partir desse ponto, já é exequível traçar um círculo de interesses mais restrito (ainda que imensamente variado). Mas... E depois? Como concretizar a "prospecção de mercado"?

Os cursos rápidos, ou workshops, são provavelmente a maneira mais fácil. No entanto, nem toda a gente tem o tempo e o dinheiro necessários para andar por aí a experimentar cursos - como quem experimenta roupa num provador de loja. Ainda que a oferta seja variada, de preços e horários, continua a não ser acessível a toda a gente. No meu caso, tento sempre encontrar um curso minimamente barato, mas que tenha alguma profundidade de conteúdos (e isso vê-se na relação programa-carga horária). Por exemplo, não me interessa nada dar 50€ por um workshop de 2 horas em marketing digital - porque sei que não vou aprender o suficiente sobre o assunto -, mas talvez dê esse dinheiro por um workshop de cupcakes com a mesma carga horária. Apesar de o meu desconhecimento ser exactamente igual em ambas as matérias, parece-me óbvio que a última é mais facilmente apreendida em pouco tempo. Depois há outro factor a considerar: o jeito que, à partida, pensamos ter para a coisa. Por que haveria eu de inscrever num workshop de desenho avançado ou de pintura se os rabiscos do meu filho são melhores que os meus? Há que ter muita noção do que queremos e do que se adapta a nós, antes de investirmos as nossas poupanças em cursos e workshops!

Isto para vos dizer que fiz um workshop de fim-de-semana em Content Marketing. E porquê Content Marketing?  Sendo eu uma criadora de conteúdo, parece-me útil aliar essa capacidade a alguns conhecimentos de marketing. Sobretudo porque tenho planos para lançar um projecto online e zero dinheiro para investir. Logo, terei de ser eu, solo, a fazer o papel de uma equipa inteira. O que não me chateia nada, diga-se de passagem. Pelo menos, no que ao marketing e ao design diz respeito. Porque se falarmos de gestão e contabilidade, a coisa muda de figura. Lá está, não me parece que tenha jeito para matérias que envolvam números, mas com isso preocupo-me depois.

Para já, o que dizer do curso de Content Marketing? Achei que tem tudo a ver comigo. Vejo-me perfeitamente a trabalhar nessa área. Entendo os conceitos e as premissas-base. E não posso dizer que tenha aprendido algo absolutamente novo, mas tive boas ideias, conheci pessoas com competências parecidas ou radicalmente diferentes e acrescentei uma experiência ao currículo e vários estímulos à criatividade.

Se valeu a pena, tendo em conta a relação qualidade-preço? Para mim, com certeza. Para outras pessoas, talvez não. E porquê? Porque todos temos percepções diferentes daquilo que consideramos investimentos. No meu caso, sou capaz de passar meses a "chorar" uma roupa ou uns sapatos (que não deixam de ser investimentos, em nós e na nossa aparência), mas dou por bem empregue o meu dinheiro em cursos e viagens (com as devidas excepções, claro). Dizendo a mesma coisa através de conceitos de marketing (cof cof): roupas e sapatos não fazem parte do meu mindset, enquanto cursos e viagens estão no meu top of mind.

4 de julho de 2015

Mãe-canguru

A capacidade das mães para 'carregarem' os seus filhos, quase como extensões ao próprio corpo, sempre me fascinou. Na falta de braços que cheguem ou bolsas naturais estilo canguru, inventam-se soluções. Neste caso, visto no metro, a mãe tinha um no carrinho e outro às cavalitas, embrulhado num pano atado à cintura. E ninguém ficava indiferente ao passar desta mãe-canguru. Porque é realmente fascinante perceber a força (e exigência) da maternidade. Outra coisa bonita de se ver foi a entre-ajuda que os passageiros, desconhecidos portanto, se sentiam compelidos a prestar. Imagino que a maioria, no seu íntimo, apenas sentisse pena daquela mãe atarefada ("coitada!"), mas quero acreditar que muitos tiveram o mesmo sentimento que eu: a comoção por ver as crias agarradinhas à progenitora e o fascínio pela "força" que dali irradiava.

A maternidade, por muito desafiante que seja (e é), também nos desarma com imagens destas :)

[volto já]

A caminho de uma formação, que irá durar todo o fim-de-semana. E o mais giro é que vou entusiasmada (bem mais do que  se fosse para a praia!). Há malucos para tudo, verdade? :)  O facto é que adoro cursos, formações, aprender coisas novas, expandir horizontes...

Esta formação em particular poderá mudar a minha vida num futuro bem próximo. Expectativas baixinhas, portanto. Bora lá!

3 de julho de 2015

Momento 'Alta Definição'

Não gosto de acordar cedo (quem gosta?).
Não gosto de cabelos espalhados pela casa (meus ou dos outros).
Não gosto de fazer a depilação (mas tem de ser!).
Não gosto de horários ao fim-de-semana.
Não gosto de favas.
Não gosto de caracóis (só no cabelo).
Não gosto de chicos-espertos.
Não gosto de injustiças.
Não gosto de ter a casa desarrumada.
Não gosto que me digam "estás mais gordinha" (quem gosta?).
Não gosto (da obrigação) de fazer o jantar.
Não gosto de fazer dieta.
Não gosto de gastar balúrdios no dentista.
Não gosto de praia no verão.
Não gosto de temperaturas acima dos 30 graus.
Não gosto de ser branquinha, mas também não gosto de me bronzear.
Não gosto das birras do meu filho.
Não gosto de filmes de terror.
Não gosto de experimentar roupa nas lojas (especialmente calças).
Não gosto que os dias passem a correr.
Não gosto de passar a ferro (detesto mesmo!).
Não gosto de não gostar de desporto.
Não gosto de não gostar de legumes e saladas.
Não gosto de gostar de doces e sobremesas.
Não gosto de ser baixinha.
Não gosto de ter tendência para engordar.
Não gosto de melgas.
Não gosto de répteis.
Não gosto de me ver nas fotografias.
Não gosto de burocracias e serviços públicos (já o disse).
Não gosto de conduzir outros carros que não o meu.
Não gosto de parques subterrâneos em caracol (me-do).
Não gosto de folhos.
Não gosto de bijutaria brilhante.
Não gosto de jóias.
Não gosto de perfumes doces.
Não gosto de meter a loiça na máquina.
Não gosto de pilhas de loiça por lavar.
Não gosto de morar num 3º andar sem elevador.
Não gosto de conversa de circunstância.
Não gosto de fazer amizades (forçadas) em viagens.
Não gosto de não fazer todas as viagens que gostaria.
Não gosto de fazer viagens com dinheiro contado.
Não gosto da frase 'o dinheiro não traz felicidade'.
Não gosto de pessoas irresponsáveis.
Não gosto de chegar atrasada.
Não gosto do Novo Acordo Ortográfico (e nunca gostarei).
Não gosto de notícias sobre política.
Não gosto de sushi.
Não gosto das empregadas de loja que estão sempre em cima de nós.
Não gosto de centros comerciais cheios.
Não gosto de marketing por telefone.
Não gosto de vendas porta-a-porta.
Não gosto de pagar os sacos de supermercado.
Não gosto de andar carregada com sacos sempre que vou ao supermercado.
Não gosto da confusão dos saldos.
Não gosto de débitos directos.
Não gosto das taxas que os bancos cobram por tudo e por nada.
Não gosto de bancos.
Não gosto de pessoas que pedem para passar à frente porque têm poucas compras.
Não gosto de fazer compras no MiniPreço (mas faço).
Não gosto de água na cara durante o duche.
Não gosto de banhos de água fria (nem mesmo no verão).
Não gosto quando o gás acaba.
Não gosto de não dormir a pensar em trabalho.
Não gosto das greves de metro a torto e a direito.

[Continua...]

A 2 kg da liberdade (condicional)


Faltam-me 2 míseros quilos para me atirar aos gelados. Aos batidos. À pizza e aos hambúrgueres. Aos petiscos no sofá. Às mancheias de cerejas. Ao cheesecake e à tarte de morangos. À batata frita de pacote. Ao ovo estrelado em tosta de queijo. Aos cereais açucarados directamente da caixa. Ao chocolate preto de culinária. Ao pão branco com manteiga e marmelada. Ao ice tea da Lipton. Aos prazeres gastronómicos de antigamente.

[Era bom, era.]

Faltam-me 2 kg para a liberdade, mas ainda (e talvez sempre?) com pulseira electrónica. Há que ganhar consciência de que nada voltará a ser como dantes. Há que mudar hábitos. Mentalidades. Ganhar disciplina e manter a força de vontade. Inspirar fundo muitas vezes. Fechar a boca outras tantas. Controlar os ímpetos. E perceber que, se não fizer nada disso, estou a 2 kg de voltar a ser gorda!

2 de julho de 2015

Mais uma pastelaria/padaria para desgraçar carteiras e dietas

A Padaria Portuguesa inaugura hoje, no Colombo, a sua trigésima loja. 30! São 30 as "maçãs do Paraíso" que nos tentam com Pães de Deus do demo (só deviam ter um bocadinho menos açúcar!) e tartes do outro mundo, como a de lima com base de bolacha Oreo.

E depois admiro-me que haja cada vez mais pessoas enfiadas em pastelarias.

A propósito de meteorologia

Comentava esta manhã que gosto destas noites mais frescas, em pleno verão. Dormimos todos melhor, especialmente o João. Já deu para perceber que ele sai ao pai e tem pouca tolerância para o calor. Eu sou capaz de dormir tapada com 40 graus, mas pai e filho destapam-se a partir dos 20.

É, por isso, com apreensão que encaro esta notícia. Aguardam-se dias (e noites) com a ventoinha no máximo!

O pequeno-almoço em hotéis

É toda uma outra história. Há lá coisa mais maravilhosa que acordar - depois de uma noite em cama King Size - e ter à nossa disposição um leque variado de sumos, frutas, charcutaria e pães frescos?

Era menina para acampar na sala de buffet dos hotéis. Ah, era! Aliás, fazia melhor e mudava-me para lá, qual Beatriz Costa. E passava o resto da minha vida a tomar o pequeno-almoço "em casa", imiscuída entre os hóspedes de camisa de noite e robe de cetim.

O hábito de tomar o pequeno-almoço fora de casa

 

Que é a refeição mais importante do dia, já o sabemos. Médicos, nutricionistas, os professores da escola primária... Todos nos dizem que não se deve sair de casa sem tomar o pequeno-almoço. Então e aquelas pessoas que saem de casa PARA tomar o pequeno-almoço? É que há por aí muito boa gente a transformar essa refeição num autêntico evento social.

No sítio onde moro, há pastelarias a cada esquina (assim como cabeleireiros e cocó de cão, mas isso é outra conversa...). De manhã bem cedinho, quando vou levar o meu filho à creche, já esses estabelecimentos estão em pleno funcionamento, a abarrotar de clientela: "Sai uma bica! Sai um Pão de Deus com manteiga! Sai uma tosta mista e um galão escuro! Sai um pastel de nata! Uma torrada com pouca manteiga!". A cada esquina, repete-se o burburinho da "hora de ponta" e eu não consigo evitar um pensamento: o que motiva tanta gente a fazer do pequeno-almoço fora de casa um hábito? Fala-se tanto da crise e do corte de despesas supérfluas, mas eu continuo a ver as pastelarias cheias!

Façamos as contas. Um pequeno-almoço "básico", estilo carcaça com manteiga e meia de leite, não deverá andar longe dos 2 euros. Mais 70 ou 80 cêntimos para o café, que ninguém passa sem a bica. São quase 3 euros a multiplicar por todos os dias da semana, quatro semanas por mês. Já para não falar de pequenos-almoços faustosos - os preferidos da maioria - em que tostas, torradas, Croissants, Pães de Deus e restante pastelaria fina perfazem números chorudos, em calorias e em euros. Mas quem sou eu para criticar orçamentos alheios? Cada qual sabe de si e os vícios não se discutem. Uns preferem estourar o rendimento em bicas e pastéis de nada, outros em tabaco, e há ainda quem aposte todas as fichas em viagens. São opções. O que me intriga verdadeiramente é o ritual continuado, o hábito de quem já nem sequer tem memória da última vez que tomou o pequeno-almoço no conforto do lar.

Não falo, portanto, das pessoas que OCASIONALMENTE tomam o pequeno-almoço a caminho do seu destino (o trabalho, a escola dos filhos, uma reunião, etc.). Essas pessoas fazem-no por dois motivos: ora porque saíram à pressa e não conseguiram meter nada no estômago, ora porque não tinham sequer um papo-seco para enganar a fome. Não. Eu falo ESPECIFICAMENTE de quem já não vive sem o pequeno-almoço fora de casa. Dia após dia. Com pompa e circunstância. No corrupio das pastelarias. E quem diz pastelarias, diz snack-bares ou tascas - embora, nesses estabelecimentos, o burburinho seja radicalmente diferente. Não há empregados a gritar galões, meias de leite, Pães de Deus e Palmiers cobertos de chocolate. Ali, a clientela é de outro calibre e prefere "matar o bicho" com uma ou duas bejecas, uma bifana no pão e, quiçá, um pratinho de torresmos para forrar o bucho. Tudo em prol da saúde, como recomendam os médicos e os professores. Afinal, é de manhã que se começa o dia!

1 de julho de 2015

Vestido procura-se!

Com um baptizado a menos de um mês e um casamento a menos de três, está oficialmente aberta a caça ao vestido. Em teoria, posso repetir o visual nos dois eventos porque não há convidados em comum... Na prática, however, não me parece que tal vá acontecer! É que depois de alguns meses a penar em dieta, só há UMA coisa melhor do que sentirmo-nos magras num vestido de cerimónia. E essa coisa é... (TCHARAN!) Sentirmo-nos magras em DOIS vestidos de cerimónia!

Eu tenho dois vestidos.
Tararan. Tararan.
Que eu nada são iguais.
Tararan. Tararan.
Mas não tenho a certeza.
Tararan. Tararan.
De qual eu gosto mais! 
Tararan. Tararan.

Morgan: 55€ (em saldos)

Chic Wish: 46€ (em saldos)

TFNC: 89€ (à venda na ASOS)


Ana Sousa: 56€ (em saldos)

Warehouse: 75€ (à venda na ASOS)