31 de dezembro de 2016

Adeus 2016... Grrrrrr... Olá 2017... Grrrr...

Passagem de ano, para mim, é recolhimento e lareira. É casa cheia e mesa farta. É roupa quentinha e confortável (o oposto dos vestidos de festa que inundam as montras das lojas por esta altura). É estar em família. É encher uma mão com passas minutos antes da meia-noite. É saltar de uma cadeira com o pé direito e comer todas as 12 passas, uma a uma, no bater das badaladas. É acompanhar o que passa na televisão generalista mesmo que haja alternativas melhores (e há sempre) na TV Cabo. É desejar cada vez menos e fazer por acontecer cada vez mais. É adormecer por volta da 1 da manhã a bater o dente. E acordar já no ano novo com a sensação de que os anos passam mas há coisas que nunca mudam.

Bom ano 2017!

22 de dezembro de 2016

Night snacks

O João tem acordado todas as noites desta semana por volta das 3h/4h da manhã. Acorda com pesadelos, dá para perceber, mas depois pede qualquer coisa para comer - o que não é nada habitual nele. Esta noite pediu gelado. Gelado! E quando finalmente se calou e voltou a adormecer, acordou pouco depois a pedir a mesma coisa. De manhã, quando achei que se tinha esquecido e lhe disse que tinha feito uma grande birra durante a noite, lá veio o pedido novamente: gelado!



Não fosse isto de acordar a meio da noite um bocadinho chato, poderia muito bem ser uma cena de comédia romântica americana, onde todas as insónias são curadas com um balde XXL de Ben & Jerry's. Nham, nham...

21 de dezembro de 2016

Pré e pós. Eu sou mais do durante.

A primeira vez que me deparei com os conceitos "pré" e "pós" foi quando estava grávida. Nas consultas de obstetrícia, a médica frisou a importância da preparação pré-parto, na mesma medida em que também insistiu ser importante fazer um acompanhamento pós-parto. Eu, já nessa altura, só pensava no "durante", ou seja, no parto propriamente dito. Focava-me nesse momento, pensava como seria, imaginava possíveis cenários na minha cabeça e só desejava que fosse rápido e indolor. O resto, para mim, eram cantigas. Nunca me inscrevi nas aulas pré-parto e fui a uma única consulta pós-parto, 15 dias após ter sido mãe. Não estou com isto a dizer que nos devamos marimbar para o "pré" e para o "pós". Estou apenas a constatar que eu sou mais uma mulher do "durante".

Recentemente, descobri que existe a moda do pré e pós treino. Toda uma série de cuidados (essencialmente alimentares, mas não só) que visam potenciar os efeitos do treino em si. Potenciar o ganho de massa muscular e auxiliar a perda de massa gorda. Escusado será dizer que isto soou a música para os meus ouvidos. Afinal, se há uma fórmula capaz de nos pôr em forma mais depressa, sem que para isso tenhamos de treinar em dobro, eu quero saber tudo! E foi por isso que resolvi inteirar-me das práticas pré e pós-treino, de que meio-mundo anda fã. Pelo menos o meio-mundo que treina com regularidade e leva a coisa do exercício à séria. O meio-mundo onde eu estou a tentar posicionar-me há coisa de 2 meses.


Ora, já investiguei mil truques e dicas, sugestões para snacks pré e pós- treino, suplementos alimentares e cremes que prometem acelerar o metabolismo, reduzir as gordurinhas, tonificar, depurar, energizar e tudo e tudo e tudo. Para meu espanto, há todo um mundo de possibilidades de "pré" e "pós" que eu deveria considerar seriamente para me tornar numa fit girl em três tempos. E, para meu espanto também (que eu já me conheço, mas não deixo de me espantar), estou-me nas tintas para tudo isso. Sim, é um facto. Sou uma despreocupada desleixada. Basta dizerem-me que tenho de comer apenas determinadas coisas, num intervalo de tempo específico, ou tomar regularmente suplementos, de forma regrada, que eu desmoralizo antes mesmo de começar. A disciplina que implica manter determinados hábitos não é para mim. E isso é uma chatice. É uma chatice porque me obriga a suar cada quilo perdido na passadeira e na elíptica. Por esta altura, já podia estar transformada numa Heidi Klum, mas não! Ando para aqui tipo lesma, a dar passos de caracol e a arrastar as gordurinhas no ginásio. E tudo porquê?! Porque sou uma mulher do durante. É uma chatice!

20 de dezembro de 2016

Pais artistas

Volta e meia a escola do João manda TPC para os pais. Neste Natal, o trabalho era fazer um pastor a partir de uma rolha de cortiça. E o resultado foi não um, mas dois pastores. Sim, porque eu fiz um e o pai não quis ficar atrás. Mas, verdade seja dita (por mim, que sou altamente imparcial), o meu ficou bem mais estiloso com os oculitos de sol. Toda a gente sabe que esse acessório dá um jeitaço para quem passa o dia a guardar ovelhas...


15 de dezembro de 2016

Desabafo de gaja #3

As boazonas, no ginásio, deviam usar Burka.

A deliciosa descoberta de Natal

Foi preciso chegar aos 33 anos para descobrir a verdadeira magia do Natal: as azevias.



Hum, coisinhas mais deliciosas. As primeiras que provei tinham recheio de grão. Entretanto, já provei as de batata-doce. Mas sei que existem outras combinações (abóbora, amêndoa...) e não sossego enquanto não as provar todas. As de grão, para já, são as preferidas. Nham, nham...

Queridas filhoses, amigas como dantes, mas vão deixar de ser o meu doce natalício preferido. Lamento. Ainda assim, para não quebrar a tradição, prometo que farei o esforço de açambarcar umas dez ou quinze de vocês acabadas de fritar e polvilhadas com açúcar e canela. Já se sabe que o Natal do Norte não passa sem um alguidar de filhoses quentinhas...C'est la vie.

Quanto às azevias, me aguardem! Vou encontrar forma de tornar a receita mais saudável (fazê-las no forno em vez de as fritar, por exemplo) e depois posso comer a dobrar com metade da culpa. Não apenas no Natal, mas durante todo o ano. Vai ser "um ver se t'azevias"! 😉

#anutricionistaquenemsonhe

14 de dezembro de 2016

Ao lume #2


Ovos mexidos com requeijão de ovelha e espinafres

- 2 ovos
- 1 punhado de espinafres frescos
- 1 requeijão de ovelha
- 50ml de natas de soja
- sal e pimenta

Mexer os ovos (com as natas) e temperá-los com sal e pimenta. Levar ao lume numa frigideira antiaderente e polvilhar com o requeijão desfeito e com os espinafres. Quando começar a colar ao fundo da frigideira, mexer levemente com uma espátula para envolver os ovos, o requeijão e os espinafres. Retirar quando os ovos estiverem sólidos mas ainda brilhantes para não secarem demasiado.

Bom apetite!

13 de dezembro de 2016

Fapo

O João não diz os "esses". Está na fase em que os substituiu por outras letras, quase sempre por "efes". O que origina palavras como "fapo". E eu sei que devia corrigir e estimular a pronunciação correcta, mas acho tão fofo que dou por mim a cantar com ele:

fapo, fapo, fapo
à beira do rio
quando o fapo canta
é porque tem frio.

🐸

b-day



A pessoa chega a uma certa idade e só quer passar despercebida. "Aniversário?! De quem?! Não faço ideia do que estão a falar". A sério, dá para ignorar a data e fingir que é um dia como outro qualquer? Agradecida.

* Já agora, serviço de quartos: é uma garrafa de champanhe, por favor. E não é para comemorar!

10 de dezembro de 2016

Família Tavares Costa (como veio ao mundo)


Uma espécie de auto-retrato, mas o pai desenhou a mãe e a mãe desenhou o pai. O João foi o director artístico de toda a obra.

7 de dezembro de 2016

Pinheirinho, pinheirinho...

Cá em casa nunca tivemos árvore de natal. O esposo não acha graça e a mim nunca me apeteceu gastar dinheiro em árvores e enfeites para serem apreciados unicamente por mim e, depois do natal, atirados para a despensa. Nos últimos dois anos, já com o João nas nossas vidas, ponderámos montar a árvore de natal, mas como ele era tão pequenino não iria ligar nenhuma com certeza. De maneiras que foi este ano. Com 2 anos e meio, o João já conhece e aprecia os símbolos natalícios: a árvore, o Pai Natal, as luzes, o presépio, os presentes... E tudo e tudo e tudo!

Felizmente, a escola do João encarrega-se de lhe ensinar o que é o presépio, caso contrário ele não saberia por nós. Nem eu nem o pai somos "católicos praticantes" (na falta de melhor terminologia, é o que me ocorre para designar quem acredita em qualquer coisa, mas não o demonstra de forma alguma), portanto o presépio não existe nem existirá na base da nossa árvore. Adiante...

A escolha da árvore foi fácil. Sabíamos, à partida, que não queríamos um enorme mamarracho de plástico, por dois motivos: falta de espaço e preço abusivo. Todas aquelas árvores pomposas que nos saltam à vista nas lojas custam uma fortuna. Para além disso, têm de ser preenchidas com enfeites, nada baratos se somarmos fitas com bolas e acrescentarmos estrelas e figurinhas. Tudo o que fica bonito custa dinheiro. E não é isso que importa. O que realmente importa é celebrarmos o Natal em família, e a árvore de natal é apenas um lembrete disso mesmo. Também não queríamos desflorestar o mato nacional, só para termos um espécime bonito de pinheiro a servir os nossos propósitos decorativos. Então a nossa escolha recaiu num pinheirinho do IKEA, ainda bebé, que pode chegar aos 2 metros de altura e que pode perfeitamente ser a nossa árvore de natal dos próximos anos. Agrada-me a ideia de ter uma árvore de natal "viva", com a mais-valia de não ser preciso encaixotá-la e arrumá-la na despensa durante 10 ou 11 meses. Durante esse tempo, o pinheirinho não estará transformado em árvore de natal, mas estará no nosso terraço, despido de bolas e bonequinhos, mantendo, ainda assim, os seus ramos bem verdinhos.


Pinheirinho, pinheirinho,
de ramos verdinhos
p'ra enfeitar, p'ra enfeitar
bolas, bonequinhos...

E viva a magia (e a ecologia) do Natal!