29 de outubro de 2015

Coisas que me inspiram #1

A coreografia deste vídeo é qualquer coisa... Sempre admirei quem sabe dançar. Gostava de o saber fazer com a mesma leveza e aparente facilidade (se isso não implicasse horas e horas de treino). Na verdade, acho que é apenas inveja. Do género, "também quero ter aquele corpaço, ficar assim num vestido branco transparente e dançar com aquela sensualidade toda"... É o momento "uau" do meu dia. Tinha o vídeo a passar na lista de reprodução do Youtube e agora não consigo tirar os olhos dele.


22 de outubro de 2015

Uma grande m$#&@, é o que é!

Desde quando é que se tornou prática corrente cobrar-se à entrada das casas de banho em sítios movimentados (estações de comboio, terminais de autocarro...)? São 50 cêntimos, mas até podiam ser 20 ou menos. Não acho bem, pronto. "Ah, e tal, assim garante-se que há dinheiro para manter as casas de banho sempre limpas e presta-se um melhor serviço público... E impede-se que as mesmas casas de banho sejam usadas para fins menos 'próprios', blá blá blá". Todos estes argumentos são válidos, mas o que se faz quando se está numa viagem de 4 horas de autocarro, a apertar as necessidades há, pelo menos, 1 hora, para-se finalmente numa estação, não se tem qualquer moeda na carteira, a fila para o bar mais próximo (onde se pode arranjar trocos) é gigante e o motorista nos diz "paragem de 5 minutos"? Pela primeira vez na vida, ponderei seriamente pedir dinheiro. Como aquelas senhoras romenas que andam com as fotografias dos "filhos" (serão filhos de alguém, com certeza) e bilhetes a pedir comida... Eu até poderia usar a fotografia do meu filho, para ser mais eficaz, mas escreveria no bilhete: "Eu só quero cagar. Obrigada!"

17 de outubro de 2015

Coisas que mudam quando temos um filho #16

Uma viagem a dois deixa-nos à beira do Transtorno Dissociativo de Personalidade. Passamos meses a sonhar com o acontecimento, mas quando chega a hora inventamos mil razões para ficar (acho que ele está com febre, os dentes estão a nascer, talvez não seja a melhor altura, blá blá blá...). Queremos ir, mas vamos com peso na consciência (e um pé atrás). Estamos a adorar a viagem, mas não vemos a hora de regressar. Gastamos uma fortuna em roaming para ouvir birras e gugu dadá! E passamos o ano a sonhar com férias românticas, mas só conseguimos falar e pensar em crianças!!!

Ahhhhhhh!!!! Na próxima viagem a dois levamos os putos!

14 de outubro de 2015

Todos os caminhos vão dar a... #4

Ainda sobre Roma, algumas constatações.

Constatação n.°1: os italianos topam-se a léguas. É mesmo verdade o que dizem da elegância italiana na postura e no vestir. Os homens (quase todos, juro!) usam fato completo ou calças com blazer e não dispensam a pasta de pele estilo executivo (nunca vi tamanha concentração dessas pastas por m2). Já as mulheres adoram casacos de pele estilo motard, assim como casacos em geral. Sempre bem conjugados, com estilos formais ou descontraídos... Autênticas fashionistas, sem dúvida! (Apesar de estarem 23°C, os italianos - ao contrário dos turistas - estavam já em modo meia estação.)

Constatação n.°2: todos os vendedores de rua, assim como os vendedores dos mini markets espalhados pela cidade, são indianos. To-dos.

Constatação n.°3: os transportes públicos deixam muito a desejar... A rede de metro não cobre pontos essenciais, no centro da cidade, e o interior do metro é sujo e impróprio para quem sofre de claustrofobia. Os poucos autocarros que circulam pelo centro vão sempre apinhados de gente (mais ou menos como os autocarros da Carris em dia de greve de metro).

Constatação n.°4: é preciso escolher muito bem (muito bem mesmo) os sítios onde se come. As pizzas frescas (acabadas de fazer) e as pastas caseiras não são a regra, mas sim a excepção. Falo pela minha experiência gastronómica. Dos quatro ou cinco restaurantes de "comida italiana" onde fui (sem contar com os restaurantes de hambúrgueres e sandes), só num deles comi pasta verdadeiramente caseira (e deliciosa!). Noutro comi um gnocchi razoável (ainda que a minha apreciação seja suspeita, porque não sou grande fã). E o prato que mais me surpreendeu pela negativa foi um risotto com aspecto (e sabor) de arroz de polvo. Sendo que não tinha polvo nem outro tipo de peixe, era apenas arroz e cebola roxa (sem queijo)... Estranho!

Constatação n.°5: não adorei a cidade. Desconfio que iria/irei gostar muito mais de Milão, Veneza ou Florença. Terei de averiguar este facto muito em breve...

10 de outubro de 2015

Todos os caminhos vão dar a... #3

Mais ou menos como ir a pé a Fátima, nós fomos a pé até ao Vaticano. Pelo caminho, conhecemos uns quantos lugares de paragem obrigatória. A Piazza di Spagna (que tem a escadaria fechada para obras), a Trinitá del Monti, os jardins da Villa Borghese e a Piazza del Popolo.






Para nós, que somos pessoas que gostam de jardins no meio de cidades, conhecer a Villa Borghese foi um alívio... Quando já achávamos que Roma não tinha nenhum jardim decente, eis que nos deparamos com um espaço enorme, bem tratado e muito perto do centro! Passear pelos jardins da Villa Borghese implica andar durante horas à descoberta de todos os recantos. Estátuas, fontes, lagos, anfiteatros, museus, um Jardim Zoológico... Há de tudo lá dentro! Daí que se possa alugar bicicletas, segways, carrinhos motorizados a pedal, carrinhos motorizados estilo golfe, comboio, charrete... A oferta é variada e à escolha do freguês! Verdade seja dita, não é pêra doce conhecer todo o jardim a pé. Nós fizemo-lo, mas apenas numa parte do espaço (provavelmente 1/4 ou menos). Pelo meio, descansámos, namorámos e divertimo-nos com as figuras dos turistas incautos em meios de transporte para os quais tinham pouca (ou nenhuma) perícia. Um divertimento! Foi preciso coragem para deixarmos o oásis verde e fazermo-nos novamente "à estrada".





Atravessámos a Piazza di Popoli (contornando os vendedores de selfie sticks e rosas vermelhas), passámos o rio, percorremos meia dúzia de ruas e voilà! 30 minutos depois estávamos no Vaticano. Ao redor, em frente à Basílica de S. Pedro ou nas ruas de acesso aos Jardins e Museus do Vaticano, o ruído visual e sonoro não deixava dúvidas: estávamos no " olho do furacão". Centenas de turistas, dezenas de polícias, carabinieri e outros géneros de polícia (em Itália existem muitos!), dezenas de vendedores ambulantes com barraquinhas de souvenirs religiosos e outros tantos vendedores ambulantes sem barraquinhas mas com selfie sticks, mapas, oportunidades únicas para bilhetes "skip the line" e xailes (para compor o visual das turistas mais desnudas). Percebe-se nitidamente a dimensão da "máquina" de fazer dinheiro, à medida que vão chegando mais e mais autocarros cheios de "devotos" de várias nacionalidades (com especial predominância das asiáticas). Quanto a nós, fracos devotos, só queríamos ter entrado nos jardins do Vaticano, mas soubemos tarde demais que era preciso reservar os bilhetes com antecedência (uma semana, no mínimo) e deixámos passar a oportunidade. (Um dos "funcionários" que encaminhava as pessoas para as respectivas filas, consoante tinham ou não bilhete, passou-se quando lhe dissemos que queríamos tentar a nossa sorte sem reserva. Afinal, era um local de fé... Mi scusi, tá?!)


9 de outubro de 2015

Coisas que mudam quando temos um filho #15

Ficamos mais atentos aos filhos dos outros.

Todos os caminhos vão dar a... #2

O primeiro almoço em terras papais fez-se, como não podia deixar de ser, numa pizzeria. Escolhemos a Alice Pizza, onde as pizzas se pagam ao peso e estão sempre a sair do forno. Além de um aspecto que enche os olhos, nós enchemos a barriga porque as fatias são realmente boas! Pagámos cerca de 15€ por umas quantas fatias (o suficiente para sairmos a rebolar) e uma cola zero.



Uns metros à frente, pedimos a sobremesa: gelado! Pistácio e avelãs (mas entretanto já provámos de cheesecake, caramelo, macarron e chocolate negro... Qual deles o melhor!). Com a barriga cheia, fomos gastar energias para o outro lado do rio, no Castel Sant' Angelo (2a entrada gratuita do Roma Pass). E ainda bem que não pagámos porque, com excepção de um salão, um quarto e uma sala de biblioteca, pouco mais há para ver. O resto do percurso faz-se pelo exterior, a toda à volta, e pelo terraço, com vista privilegiada para o Vaticano (a poucos metros dali). 






Em vez de atravessarmos a Via della Conciliazione, que desemboca na Basílica de S. Pedro, decidimos voltar para a outra margem do rio Tevere e percorrer a pé alguns locais de referência. Adorámos a Piazza Navona, cheia de vida, com artistas performativos a animar as hostes. Homens-estátua, palhaços, pintores, equilibristas, uma senhora a fazer bolas de sabão gigantes (haverá termo para isto?)... De todas as piazzas, esta foi a nossa preferida!





O Panteão e a sua cúpula aberta também são qualquer coisa de tirar a respiração. Não há dúvidas de que os romanos sabiam "impressionar as miúdas" com monumentos vistosos...



O último grande monumento do dia foi a famosa Fontana di Trevi. Para nosso azar, a fonte está fechada para obras e sem água, logo, sem a espectacularidade que lhe é característica. Continua a ser bonita, claro, mas a água a correr dá-lhe outro encanto. Além disso, não pudemos lançar a moeda da praxe. Raios, já não vamos voltar a Roma! Também não iremos apaixonar-nos e muito menos casar nessa cidade, como diz a lenda... Malditas obras! :)



O dia terminou à mesa do Culinaria, um restaurante que descobrimos pelo Tripadvisor e que valeu bem o preço (não é barato, mas é maravilhoso!). Saltámos as entradas e comemos um primeiro prato (espargueti com gambas) e um segundo prato (pato com puré de cenoura). Para sobremesa, uma mousse de iogurte e uma sopa de menta com crumble de morangos e chocolate. Hummmmm (baba, muita baba). Infelizmente, a vontade de devorar os pratos era tão grande que me esqueci de os fotografar primeiro (DAH!). OK, o cansaço também ajudou... Afinal, num único dia, percorremos praticamente toda a zona antiga da cidade. UFA...

8 de outubro de 2015

Todos os caminhos vão dar a... #1

Chegámos tarde no primeiro dia (ou dia zero, vá, porque não deu para nada). Fizémos check in num Bed&Breakfast simpático, exactamente como parecia nas fotografias. Amoroma Suite. E com uma boa localização, a poucos metros da estação Termini, onde confluem os principais transportes: comboio, autocarros e metro (linhas A e B - as únicas de Roma). Aprovadíssimo!




Saímos à procura de sítio para jantar e a cada 100 metros esbarrávamos numa pizzeria, trattoria ou ristorante. Incrível! Como ameaçava chover, apostámos na proximidade e escolhemos uma pastelaria que anunciava pizzas e pastas por 7€/ prato. Grande erro. Lá dentro, percebemos que a comida estava exposta, estilo buffet, e era depois aquecida no microondas. Decididamente, uma má escolha, mas não desmoralizámos... Com 4 dias pela frente, teríamos muito tempo para fazer escolhas melhores :)

Na manhã seguinte, fomos levantar o Roma Pass previamente comprado online (acesso ilimitado a todos os transportes públicos dentro da cidade e 2 entradas gratuitas em atracções turísticas - além de descontos em dezenas de outras). Usámos a primeira entrada gratuita no ex-libris italiano, the one and only: o Coliseu! Por termos o Roma Pass, fomos pelo corredor rápido e evitámos a enorme fila para entrar. Boa! Ainda assim, não nos livrámos da multidão de turistas no interior! Já para não falar das centenas de selfie sticks por toda a parte, dos quais temos de nos desviar constantemente. Deles e dos respectivos vendedores, que nos abordam minuto a minuto, sem exagero, por toda a cidade... Roma inteira está moldada ao turismo e isso é bastante evidente. Os italianos parecem uma minoria entre os milhares de turistas, de mapa e selfie stick na mão. Voltando ao Coliseu, defraudou as minhas expectativas... Mas isso deve-se apenas ao facto de eu ter enooooormes expectativas (por oposição a um não tão enooooorme Coliseu). A maior parte do monumento está vedada ao público, em obras de restauro, e o resto pareceu-me mais modesto do que imaginava. Talvez a minha mente tenha sido contaminada pela espectacularidade do cinema, admito. Ou talvez o maranhal de turistas lhe retirasse encanto. Ainda assim, é um monumento lindíssimo, carregado de História e que vale a pena visitar.




Depois do Coliseu, seguimos para o Palatino e Fórum Romano, logo ali ao lado (e incluídos no mesmo bilhete). Uma área enorme de ruínas romanas, onde é impossível não sentir que estamos a caminhar sobre História. De salientar a vista magnífica sobre Roma. Uma das melhores vistas de toda a cidade.







As nuvens negras que apareceram de repente (e que se vêem nalgumas fotografias) trouxeram 1h30 de chuva e trovoada, tempo durante o qual estivemos abrigados, à espera que o Verão regressasse. E regressou! Para acompanhar o resto da visita...
(Continua)

5 de outubro de 2015

Coisas que mudam quando temos um filho #14

A nossa vida passa a estar sob permanente ameaça, dentro da nossa própria casa. A qualquer momento podemos pisar uma bola, tropeçar num brinquedo ou escorregar num pedaço de comida.



Quem se lembrou de inventar protecções para os cantos e tomadas, não pensou nisto?! Então e os pais?

3 de outubro de 2015

Grandes superfícies comerciais são inimigas da boa parentalidade

E por que é que digo isto? Ao assistir à aula de natação do meu filho, nas bancadas superiores da piscina, constato que não o consigo distinguir. Os putos, vistos de cima, têm todos a mesma touca azul, de marca branca. E eu imagino que o meu drama deve estender-se às dezenas de pais cheerleaders perfilados ao meu lado. "Vai Vasquinho, dá-lhe nos bruços! Ah, espera, aquele não é o meu... O meu está a fazer mariposa sincronizada". Mais ou menos assim... :)

2 de outubro de 2015

O balão do João

 
 26/09/2015

O dia em que o João (com os pais) se estreou num balão de ar quente. E adorou!

1 de outubro de 2015

Eu e a música

Hoje é o Dia Mundial da Música. A música e eu temos uma relação longa, umbilical mesmo. Adoro música. Infelizmente, não tenho a voz que gostaria. Aprendi a ler pautas e tenho bom ouvido, consigo ser afinada, mas não tenho boa voz. Se tivesse, com certeza seria cantora. Não tenho dúvidas disso. Não necessariamente uma cantora de gravar discos e encher salas de espectáculo (quem sabe!), mas cantaria em bares, animaria casamentos, sei lá... Partilharia a minha voz com o mundo, não só com o chuveiro.

Não sei precisar em que estilo musical me encaixaria. Sei que gosto de jazz e blues. Mas talvez a escolha dependesse do meu tipo de voz. Se fosse rouca, seria uma espécie de Diana Krall. Se tivesse um vozeirão potente, talvez uma Alicia Keys. Se a minha voz fosse melodiosa, encarnaria uma Norah Jones. Por aí... Mas também não me importava nada de ser uma Adelle. Uma Katy Perry. Uma Pink. Uma Gwen Steffani. Entre outras, do género Pop. O que eu gostava mesmo, mesmo era de eriçar pêlos e aquecer corações com a minha música. Mais ou menos assim: