12 de novembro de 2014

Entretanto, fui mãe!

Já lá vão mais de seis meses, mas continuo assoberbada.
Não somente pelos cuidados que um bebé inspira, mas sobretudo pelo espaço que ele passa a ocupar na nossa vida. Sem deixar espaço para mais nada. O próprio tempo deixa de ter espaço. O tempo e o espaço mandam às urtigas todos os princípios científicos. E tudo se torna relativo. Uma relatividade absoluta que vem com a experiência da maternidade.
Tudo muda. 
É cliché, mas a mais pura das verdades. 
O mundo muda. Nós mudamos com ele. 
Nada volta a ser igual. 
A nossa existência passa a ter um propósito herculano: formar outro ser humano. Com tudo o que isso implica. Com a enorme responsabilidade que isso acarreta. É avassalador.
Já lá vão mais de seis meses, mas continuo assoberbada.
(um estado de espírito que, imagino, se vá prolongar pelos próximos anos)