31 de outubro de 2016

Amanhã é feriado?!

Isto de trabalhar em casa - ou de morar no escritório - tem muito que se lhe diga. De repente, sou surpreendida por um feriado de que só tenho conhecimento na véspera e por mero acaso, ao despedir-me da auxiliar da escola do meu filho com um "até amanhã" e ouvir, em resposta, "amanhã não, que é feriado". "OI? AMANHÃ É FERIADO?!"

Imaginem isto, repetidamente, em todas as vésperas de feriado. Eu devo passar por pessoa bastante baralhada...Dêem-me o desconto, por favor, que vida de freelancer e feriados não se compadecem!

A minha primeira aula de Zumba

Começou em alta, ao som de Footloose, e eu a pensar: "porreiro, isto vai correr bem!". Uma, duas, três músicas depois... "Eh lá, esta coreografia é tramada! E que música é esta?". Quatro, cinco, seis, sete músicas mais tarde... "Podemos voltar ao Footloose, por favor?"

Foram 45 minutos de ritmos latinos, reggaeton e afro (estilos musicais que não existem - nem nunca irão existir - numa playlist da minha eleição). Eu sei que o nome "Zumba" deveria ter feito soar uma campainha no meu cérebro, mas na verdade só pensei em música e dança e em como a junção das duas prometia diversão garantida. Enganei-me! Foi, tal como o instrutor preveniu logo no início, uma aula especial de Halloween - um horror, portanto!


À excepção do Footloose, eu não conhecia nenhuma das outras músicas e isso foi logo meio-caminho dançado para a perdição. Em menos de nada passei de "esquece as músicas, foca-te na coreografia!" para "esquece a coreografia, tenta divertir-te", até que desisti mentalmente e atirei a toalha ao chão: "Que se lixe a diversão, quando é que isto acaba?". Nos últimos minutos da aula, a minha coordenação motora estava em morte cerebral. E eu jurei em silêncio que nunca mais meteria os meus pés numa aula de Zumba. E por falar em pés, vou focar-me nos únicos 3/4 minutos de diversão que tive e deixar-vos com o mood que eu adorava que toda a aula tivesse tido.

 (tão novinho o Kevin Bacon. E eu tinha um ano por esta altura... Maravilha :P)

30 de outubro de 2016

Coisas que mudam quando temos um filho #19

Na noite de mudança para o horário de inverno, ao contrário dos comuns mortais, não "ganhamos" uma hora de sono. Ao invés, acordamos uma hora mais cedo e andamos o dia todo a arrastar-nos, estilo zombies com jet lag.


Sarah Laffey

(Tcharán, estamos prontos para o Halloween!)

28 de outubro de 2016

Dois anos e meio de João


(30 meses em número redondo)
Bem sei que as "meias datas" não têm o mesmo estatuto, nem igual direito à celebração, mas não é por isso que devem passar em branco. Aos 2 anos e meio, assinalados precisamente hoje, o João está um pequeno adulto com traços de personalidade cada vez mais vincados.


Não gosta de dormir até tarde (depois das 7h30 só nas férias de praia, e em Peniche - ah, a magia do oeste!). Adormece sozinho sem dramas, mas sempre na companhia da sua querida chucha e com a etiqueta da fralda a dançar entre os dedos (na verdade a fralda era dispensável, do que ele gosta mesmo é da "titeta"). Pede para fazer ó-ó quando tem sono, entre as 20h e as 21h. Muito raramente, em dias de festa ou de maior agitação, tenta escapulir-se à sesta (e às vezes lá consegue). Pede "tinho" (aka leitinho) antes de dormir e apenas quando está com os pais - nunca o faz na escola e nem sempre o faz quando fica com outras pessoas, o que nos leva a crer que é vício. Ainda bebe o leite de biberão, sem qualquer insistência nossa para deixar de o fazer (sem pressas). Ainda usa fralda, apesar de estarmos constantemente - e em vão - a indicar-lhe o bacio (antes das férias estava muito bem encaminhado, mas as mudanças de rotina - Lisboa, Oeste, Norte, Algarve - deitaram tudo por terra).

Adora a Patrulha Pata, que destronou o Pingu e a Masha e o Urso como desenhos animados preferidos. Come bem e sozinho, à excepção da sopa (que muitas vezes teima em não comer - tal e qual a mãe, não é fã de sopa). Alterna determinadas tarefas entre a mão direita e a mão esquerda, suscitando dúvidas sobre se será destro ou esquerdino. É raro o dia em que não ande pela casa na sua bicicleta sem pedais, que faz questão de estacionar sempre no mesmo sítio (encostada à máquina de lavar roupa). É raro o dia em que não faça birra depois do banho, para se vestir. Nunca gostou do processo vestir-despir. Não faz fitas para tomar banho (tem dias, claro). Gosta de água (sai ao pai!) e, por isso, tem aula de natação aos sábados de manhã.

Diz "oblado" a torto e a direito. "Oblado mãe", "oblado pai" e "oblado" aos senhores do pão, da fruta, do café e por aí em diante. Insiste em pagar as compras e se for com cartão multibanco quer ser ele a tirá-lo da ranhura. Continua convictamente loiro, para estranheza de todos os que questionam a quem ele sairá assim (fyi, pai e mãe foram loiros na infância). A sua brincadeira preferida é saltar em cima da cama, com os pais a servirem de trampolim (e a levarem com pés, rabo, joelhos e cotovelos em todas as partes do corpo). Também adora andar às cavalitas (se for nos ombros do pai, tanto melhor).

É um observador nato, incrivelmente atento ao que o rodeia - topa a mais ínfima mudança na disposição das coisas e repara num avião quando é apenas um pontinho longínquo no céu. Pede-me que apanhe todos os "pêlos" (vulgo "cabelos") que vê espalhados pela casa (uma mania que, claramente, herdou de mim). Tem excelente memória (cof cof, me again). Tem uma panca com o chapéu - que pede para pôr no instante em que sai à rua. Também insiste em vestir o casaco - "tá chio", diz ele. O objecto que mais vezes rouba aos pais é a chave do carro (já passou a fase dos óculos). Ao contrário de muitas crianças, não liga aos telemóveis nem aos tablets (de vez em quando lá pede para ver bonecos, mas é só). Começa a orientar-se sozinho no YouTubecom o dedinho em riste a carregar e a deslizar nos sítios certos.

Pede mais colo do que devia. "Qué ixo?" é a pergunta que faz a todo o momento. Acha graça a "balelas" (baleias) e "pôôô-pôôôô" (comboios). Gosta mais de pão do que de bolos. Não costuma pedir guloseimas (e só quando vê alguém comer doces é que se lembra) - o que pede, quando pede, é "pupa-pupa". Acorda sempre a chamar pelos pais - "Oh mãe! Oh pai! Oh mãe!" (ad infinitum até lhe respondermos). Gosta da escola (contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que resistiu a lá ficar - e apenas porque viu outros miúdos a fazê-lo).

Dá os melhores abraços do mundo e é lindo a dar beijinhos (dá muitos aos pais, e muito poucos a quem não conhece bem). É lindo, ponto. É o melhor primeiro filho que eu poderia ter tido (não mudava nada, nem mesmo a tendência madrugadora!). E agora está na hora de o ir buscar à escola que estou a morrer de saudades - e quero enchê-lo de beijos (hoje especialmente).

Agora somos 3 cá em casa!

Ainda não sei se é menino ou menina, mas chama-se Rafa (e assim dá para os dois). Passa os dias a dormir (ou a hibernar) e tem umas posições de yoga mesmo fofas.


Apresento-vos a tartaruja ninja cá de casa. Como o tempo passa a correr e eles crescem rápido, não tarda muito está assim:

26 de outubro de 2016

Produtos que me intrigam


Que as batatas fritas possam ser light eu compreendo. Reduz-se ou altera-se a gordura com que se fritam e está feito! Mas que a matéria-prima, as próprias batatas, sejam light... Isso já é algo que me ultrapassa. Como diabo se consegue que uma batata seja mais "magra" do que outra? Ele há coisas mesmo estranhas (e não será coincidência que venham da Holanda)...

Ah, o plástico!

Nos dias em que almoço mais tarde, aproveito para sintonizar o Dr. Oz, na SIC Mulher. Honestamente, nem sei por que o faço, já que fico sempre com uma sensação de angústia e de "estou a fazer tudo mal" que me consome os nervos.


As constatações do Dr. Oz, da sua equipa e dos especialistas convidados, sobre os mais variados temas respeitantes à saúde, são inquietantes. No episódio de hoje (que, apesar de ser uma repetição, eu nunca tinha visto), descobri que estamos todos a contaminar-nos com plástico. Até no sal de cozinha foram encontradas partículas de plástico, acreditam? É um abre-olhos incrível. E nem deveria ser preciso ouvi-lo para o sabermos: estamos rodeados de plástico, é um facto! Tupperwares (e seus parentes próximos), película aderente, louça de plástico, sacos do lixo, brinquedos... O nosso amigo Bisfenol A, mais conhecido por BPA (até parece nome de banco), está em toda a parte.

Depois de nos alarmar com a triste realidade, o querido Dr. Oz sugere uma purga de plástico, para eliminarmos o BPA das nossas vidas durante 21 dias e, idealmente, para toda a eternidade. Como eu não sou de extremismos, e os tupperwares dão um jeitaço do caraças, começo por pequenos gestos que - acredito - já farão alguma diferença: 1) Não voltar a aquecer recipientes de plástico no microondas, ever again. 2) Livrar-me das garrafas de plástico que deveriam ser descartáveis, mas que eu vou enchendo com água e que tenho sempre na mochila do João. Isso implica comprar uma garrafa reutilizável e BPA-free, asap.

Claro que há muitas outras atitudes a tomar, mas temos de começar por algum lado. E isto sou eu a falar, claro, porque para muita gente deve ser extremamente difícil saber por onde começar. "Lábios? Biceps? Rabiosque? Oh Dr. Oz, desculpe lá, mas tenho mesmo de me livrar do plástico todo?!" ;)

25 de outubro de 2016

A culpa é do aquecimento global

No regresso da escola, o João repara nalgumas folhas caídas no chão:
— Folhas. No ão. Vento. Vuuuuu (enquanto faz sons e gestos a imitar o vento).
Eu lá percebo a mensagem e repito para o sossegar:
— Pois. O vento faz as folhas cair ao chão, é verdade.
Satisfeito por estar a conseguir fazer-se entender, ele continua. Cada vez mais entusiasmado:
— Folhas. Ão. Vento. Vuuuuu vuuuu. Tôno. Tôno.
A palavra é novidade para mim e fico à nora enquanto ele a repete:
— Tôno. Folhas. Ão. Vento. Vuuu vuuu. Tôno.
Finalmente, lá consigo perceber pelo contexto.
— Ah, o outono! É ele que faz as folhas caírem ao chão com o vento, pois é!
E ele, com ar intrigado:
— O Tôno, onde tá?

(Quer-me parecer que falaram do outono na escola, mas não lhe explicaram aquela parte do aquecimento global.)

Dar a volta ao armário

Todos os anos por esta altura (mais coisa menos coisa) é tempo de reorganizar o armário. Por muito que nos custe, há que dizer "hasta la vista baby" às peças frescas e coloridas de verão, para dar destaque às malhas, lãs, pijamas polares, meias grossas e afins. Ninguém merece! Além de ser uma trabalheira dos diabos, ainda temos de nos mentalizar de que o verão acabou. (snif) A única coisa boa do processo é capaz de ser a limpeza que aproveitamos para fazer ao nosso guarda-roupa. Afinal, passou meio ano desde a última vez que tivemos eye-contact com o nosso guarda-roupa de inverno e desde então crescemos, aprendemos e aproveitámos para comprar uns trapinhos novos no início de colecção (quem nunca o fez, que atire a primeira pedra!).

"Esta camisola está desbotada. Auf wiedersehen". "Que coisa horrorosa é esta que comprei nos saldos de 1995 e que nunca cheguei a usar?! Auf wiedersehen." "Há de chegar o dia em que ganho coragem para vestir esta camisola de malha transparente com apliques de renda e lantejoulas. Auf wiedersehen." Temos de encarnar a Heidi Klum que há em nós e dizer adeus (de forma adorável e com um sotaque super sensual) a todos os erros de guarda-roupa que guardámos persistentemente ao longo dos últimos meses (ou anos).

Eu, a arrumar o armário, é mais ou menos isto!

O segredo é aproveitar a sabedoria adquirida em mais um meio ano que passou e encararmos o nosso armário como um organismo vivo: algumas coisas têm de perecer para que outras possam brotar no lugar delas. É o ciclo de vida adaptado a um meio ambiente de 150x80cm (sim, porque não há closets gigantes por estas bandas). 

A filosofia do desprendimento ganha especial relevância quando se trata de dar a volta ao armário. Eu tornei-me praticante dessa filosofia com as sucessivas mudanças de casa, e renovo a minha crença a cada reorganização do armário. De que nos serve agarrarmo-nos a coisas que só ocupam espaço e ganham pó? "Ah e tal, um dia podem vir a dar jeito", diz-nos a vozinha acumuladora dentro de nós. Esqueçam! Se já se passaram duas estações e a peça em questão ainda não viu a luz do dia, move on. É hora de sair do nosso armário e ocupar o armário de alguém que, efectivamente, lhe dê uso. Podem doá-la a instituições de solidariedade, por exemplo. Eu costumo sondar a família primeiro (entre as muitas irmãs e sobrinhas, há sempre quem veja com bons olhos a minha camisola de malha, renda e lantejoulas). Há ainda a possibilidade de aproveitarem o que está a mais no vosso armário para projectos DIY e assim fazerem um dois-em-um: limpam o roupeiro e redecoram a casa!

Outra dica importante a ter em mente antes de se atirarem ao vosso armário é a organização. No meu caso, organização é sinónimo de caixas, caixinhas, cabides especiais e compartimentos dentro de compartimentos (obrigada, Ikea, por existires). Se separarmos as roupas dos acessórios, das malas e dos sapatos torna-se muito mais fácil encontrarmos o que queremos, no dia-a-dia, e arrumarmos de forma mais prática quando chega a altura de o fazermos. Isso inclui aproveitar de forma inteligente a arrumação vertical (ora aqui está um conceito digno de profissional das arrumações!). Trocando por miúdos, a parte de cima do roupeiro não deve ser descurada, só porque não são a Heidi Klum e não medem 2 metros para lá chegar! Se é uma zona mais inacessível, então aproveitem para lá guardar as coisas de que não precisam diariamente, como a roupa da próxima estação. Se estiver arrumadinha em caixas, tanto melhor. Dá logo outro ar...

Bom, toda esta teoria - no fundo - é uma forma de protelar a missão que tenho pela frente. Não foi por acaso que escolhi o dia de hoje para esta tarefa, odiosa, de reorganizar o meu armário. O estado do tempo, assim em jeito de pandã com o meu estado de espírito, ajuda a tornar a coisa mais fácil. Além disso, está a chover e na minha sapateira só vejo chinelos, sandálias, ténis e alpercatas. É capaz de não dar muito jeito para sair à rua! O mesmo para os tops e casacos frescos de verão que me ocupam os cabides. Enfim... Vou mas é deixar-me de rodeios e atirar-me de uma vez por todas à tarefa, antes que chegue o inverno rigoroso (que eu também não tenho a genética abençoada da Heidi Klum).

21 de outubro de 2016

Coisas que mudam quando temos um filho #18

Numa escapadinha de fim-de-semana levamos tantas malas que mais parece que vamos emigrar...


®dailymail.co.uk 

 E, por incrível que pareça, só uma delas é nossa!

20 de outubro de 2016

Hidratos sim, açúcar não!

Esta máxima não vale só para os pequenos-almoços, mas é especialmente importante na primeira refeição da manhã. Porquê? Porque é nessa refeição que tendemos a comer mais hidratos açucarados, sob a forma de cereais ou granolas. Quem gosta disso, como eu, de certeza que consegue dizer de cabeça duas ou três marcas de cereais que adore (o meu TOP 3: os clássicos Chocapic, nhamiii; os Cuetara Flakes, aqueles cereais que têm um monstro na embalagem e que são basicamente bolachas recheadas de cereais, duplo nhamiiii; e os mais recentes da Lion, o combo perfeito entre chocolate e caramelo). Quanto a granolas, gosto de quase todas, sobretudo se incluírem frutos secos como nozes e avelãs. E quanto mais docinhas melhor, of course!


Ora, é aqui que reside o problema. À excepção dos cereais desenxabidos como os Corn Flakes ou os Wetabix (que eu não aprecio), quase todos os cereais têm quantidades pornográficas de açúcar... Mas isto já toda a gente sabe, certo? O que é enganador (eu, pelo menos, caía que nem uma patinha) é dizerem-nos que a granola "x" ou "y" é saudável por ser adoçada com mel ou xarope de agave. Este factor, por si só, deveria desculpar as mais de 10, 15 ou até 20 gramas de açúcar por cada 100gr, inscritas no rótulo da embalagem. Mas não! A minha nutricionista diz que é a quantidade de açúcar que devemos considerar e não apenas (ainda que também seja importante) a sua forma (e já se sabe que o açúcar assume muitas formas, é um dissimulado!). Passo a explicar...

Segundo a minha nutricionista, o mais importante são os números escarrapachados no rótulo. O açúcar nunca pode exceder os dois dígitos por cada 100gr, para que se possa considerar o produto "x" ou "y" como saudável (do ponto de vista do açúcar - deixemos, para já, as batalhas da gordura ou do sal). Assim sendo, no que ao açúcar diz respeito, o número a ter em mente (anotem isto, minhas senhoras, porque eu já anotei!) é de 6gr por cada 100gr. É um número fácil de reter, mas o difícil mesmo é encontrar uns cereais ou uma granola que estejam dentro da bitola.

Depois da bomba largada pela nutricionista, lá fui eu, sem grande esperança, à secção de cereais e granolas do hipermercado (reparem que escolhi uma grande superfície precisamente para ter mais hipóteses de escolha), na tentativa de encontrar a opção perfeita para ao meu pequeno-almoço. Se tivesse frutos secos, tanto melhor! Mas o importante era o número mágico na parte detrás da embalagem. Foquei-me primeiro nas que diziam "saudável", "fitness", "adoçada apenas com...", etc. etc. Ao virar a embalagem para ver o rótulo, rapidamente excluí umas dezenas para passar a ficar com apenas duas na mão. Por coincidência, era a mesma marca em duas variedades (Frutos Vermelhos e Chocolate e Avelãs), ambas adoçadas com Stevia.


Comprei a variedade Chocolate e Avelãs (frutos secos, always) e já experimentei da forma que mais gosto: misturado com iogurte grego (natural e magro, claro está - falamos disso na temática "gordura", ok?). São crunchy, como promete a embalagem, e continuam a ser docinhos, como se quer. Um match perfeito, portanto. E eu recuperei a minha fé na crença de que é possível comer saudável, mas ainda assim com sabor (e prazer!).

19 de outubro de 2016

Podes ficar com as jóias, o carro e a casa... (ou então não!)



Adivinham-se umas valentes cabeçadas entre estes dois nos próximos tempos. É que apesar de a cabeça da Fernandinha estar ligeiramente mais "pesada", os seus bolsos estão (e poderão vir a ficar) bastante mais leves. E tudo porque ela se esqueceu de ler nas entrelinhas da expressão "o amor não tem idade". Afinal, parece que tem.

Oops.

* Digno de nota é também o fascínio do Jorge Nuno pela América do Sul. Será que é um sonho, pôr o dragão a jogar na Copa América? ;)

18 de outubro de 2016

O fugitivo parte II (a versão tuga)*



(ler com voz cavernosa de trailer de cinema - assim uma espécie de Vítor Moura)

Suspeito de crimes hediondos, Pedro João é um homem em fuga. Capaz de tudo para escapar às garras da justiça, ele não vai parar enquanto não estiver a milhas das fronteiras nacionais... e das grades de uma prisão! Mas conseguirá Pedro João superar o feito do seu mestre, Manuel Palito?

Não perca, numa sala de cinema (ou telejornal) perto de si.

Para quem já não se lembra do primeiro "filme", recordo que o herói da trama, Manuel Palito, esteve foragido mais de um mês.  Pedro João, por enquanto, vai numa semana. And counting... Comprem pipocas e façam refill aos vossos refrigerantes que o filme promete ser loooongo!

* Ah, e roam-se de inveja, americanos, que a nossa versão de um filme de acção é muito melhor do que a vossa. A começar pelo nome dos protagonistas: Pedro João e Manuel Palito. Digam lá que só de ouvirem estes nomes não vos inspira logo perigo e adrenalina? Ah pois é! Já para não falar dos nossos actores, que encostam o Harrison Ford a um canto. Yep. Aqui fica o comparativo, para não restarem dúvidas (se dúvidas houvesse, claro)!

17 de outubro de 2016

Sobrevivi!

Prova superada! O primeiro dia de ginásio (em anos!) não terminou comigo em coma. Até agora - e atenção que não quer dizer que amanhã seja igual - consigo mexer todos os dedinhos do meu corpo, mãos e pés. Clap clap! Palmas para mim, que soube perceber que o melhor era fazer aulas de grupo de nível I em vez de me atirar às de nível III. (Oxalá essa sensatez me tivesse acompanhado no meu primeiro dia de ginásio de sempre, em que decidi começar a abrir com uma aula de Body Attack, seguida por uma aula de Yoga - estão a ver, não estão?! Só vos digo que todos os músculos do meu corpo tremiam na posição da cobra...)

Para já, dizer que estou super motivada para dar bom uso ao meu cartão livre-trânsito. E espero não fazer estas figuras no dia em que desbravar a zona das máquinas do ginásio.


A brilhante campanha de marketing do Lidl

 

A Lidl Shop é assim qualquer coisa de espectacular (e parabéns à cabecinha de génio que teve a ideia!). Para quem ainda não viu, ou não sabe do que se trata, o Lidl oferece miniaturas dos seus produtos (cutchi-cutchi-coisa-mais-fofa) a partir de 15€ de compras. Pacotes de leite, iogurtes, peças de fruta, detergentes, sumos, queijos... Basicamente, são miniaturas em plástico que se podem coleccionar para abastecer e rechear uma loja de produtos "a fingir". Tudo em ponto pequeno, a imitar os produtos em tamanho real que se podem encontrar no Lidl. Uma delícia! Falo por mim, que fico derretida com cada uma das miniaturas que vejo, e pelo meu filho, que adora brincar às compras a fingir (e até dorme com os produtos de mercearia debaixo da almofada).

Este fim-de-semana o Lidl fez uma promoção - por cada 15€ de compras, em vez de um produto da Lidl Shop, ofereciam dois produtos. E era ver toda a gente pelos corredores a fazer contas de cabeça, para tentar atingir os 15€ e receber dois "bonequinhos" (como chamavam às miniaturas). Avós que queriam presentear os netos, pais (como eu!) que queriam fazer as delícias dos filhos ou apenas consumidores curiosos, que não escondiam achar piada aos mini produtos. Daquilo que vi, graúdos e miúdos ficam encantados pela possibilidade de brincar às lojinhas. E tudo isto ganha uma dimensão ainda mais espectacular com a panóplia de outros produtos em miniatura postos à venda: carrinhos de supermercado, cestos de compras, máquinas registadoras, balanças... Enfim, tudo quanto seja preciso para pôr a loja (e a imaginação) a funcionar!



Eu não sei se o resultado desta campanha pode ser medido com exactidão (quantos novos clientes atraiu, se houve mais dinheiro a entrar, etc.), mas - a julgar pelo que tenho visto - não tenho a menor dúvida de que está a ser um enorme sucesso. Com certeza que há mais pessoas (eu incluída) a fazer compras no Lidl só para ganhar um bonequinho. E com certeza que há quem tente atingir o patamar dos 15€ (ou dos 30€ e por aí fora) só para aumentar a colecção de miniaturas. Mesmo que não seja para usufruto próprio, mas para oferecer (e sim, eu peço a toda a gente que faz compras no Lidl e que não tem filhos para me ceder bondosamente as suas miniaturas :)).

Bom bom seria que depois de 20 de Novembro, quando termina esta campanha, o Lidl resolvesse colocar todas as miniaturas à venda, para que os mini lojistas desta vida pudessem completar a colecção ou, quiçá, reforçar o stock. Toda a gente sabe que convém ter a despensa bem recheada para a eventualidade de uma catástrofe. Certo?

Agradecida, Lidl.

Primeiro dia de ginásio...


 (o estado de espírito é mais ou menos este)
Go girl, tu consegues!

14 de outubro de 2016

E o Nobel da Literatura 2016 vai para...



Mama, take this badge off of me
I can't use it anymore
It's gettin' dark, too dark to see
I feel like I'm knockin' on heaven's door
 
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
 
Mama, put my guns in the ground
I can't shoot them anymore
That long black cloud is comin' down
I feel like I'm knockin' on heaven's door
 
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
 
 
                                            Bob Dylan

12 de outubro de 2016

Massa Fresca

2016 ainda não acabou, mas apetece-me fazer uma retrospectiva! "Massa Fresca" é o que resume este meu ano, não só por ter sido o projecto a que me dediquei (quase em exclusivo) até há bem pouco tempo, mas também por se ter transformado numa empreitada profissional e pessoal tão gratificante quanto exigente.

Para quem não conhece, "Massa Fresca" conta a história da Maria e da família Elias. Foi uma série exibida pela TVI entre Abril e Setembro e é, neste momento, uma colecção de livros (o primeiro foi lançado no final de Julho e o terceiro está quase, quase a sair). Eu tive o privilégio de ser uma das pessoas envolvidas na escrita da série e dos livros. Foram vários meses de trabalho non-stop. Muitas noites de directas e fins-de-semana passados em frente ao computador... Uma rotina de trabalho maluca que me privou de vida social e que me obrigou a grandes malabarismos para conciliar trabalho e família. No olho do furacão, eu disse muitas vezes que não voltaria a aceitar um trabalho tão exigente, que me obrigasse a abdicar de tempo de qualidade com o meu filho. Agora, olhando para trás, tenho muito orgulho no resultado final de toda a entrega. 100 episódios e 3 livros. Mais do que minutos televisivos ou páginas impressas, "Massa Fresca" é uma história bonita, despretensiosa, honesta, inspiradora.  E foi escrita - além de concretizada por actores e equipa técnica - com a maior generosidade e entrega. Sem outro interesse que não a vontade de fazer o melhor possível com o tempo - e orçamento - que nos era dado.

Ainda que a história não tenha continuação (apesar dos incansáveis pedidos dos fãs para uma segunda temporada), o que existiu, e existe através dos livros, é motivo de grande orgulho. "Massa Fresca" ficará para sempre no meu "currículo" como o projecto que me ensinou a ser criativa sob pressão (e com poucas horas de sono). Mais importante do que isso, ficará no meu coração como o projecto que me ensinou a confiar na vida. E agora... É tempo de me fazer à estrada, avançar e confiar. Porque a vida premeia sempre os corajosos! Não é o que dizem? ;)




* E, em breve, o livro nº 3. Fiquem atentos!

Eu, mãe desnaturada, me confesso! (digitalmente falando)


"Ter um blogue" é como ter um filho. Não basta pari-lo. Há que cuidar dele e alimentá-lo para garantir que cresce saudável. Não é tarefa fácil. Mas também, se fosse, toda a gente teria blogues... E filhos! E eu tenho ambos. Quero acreditar que não falho na minha tarefa de mãe-mãe, como falho na tarefa de mãe-blogger. Afinal, este meu "filho digital" anda à mingua, coitadinho, deixado ao abandono. Shame on me!

E enquanto não faço a remissão dos meus pecados, deixo-vos uma das músicas que tem acompanhado grande parte deste meu ano - um ano quase exclusivamente dedicado ao projecto "Massa Fresca" (série e livros).


Tenho tanto amor para te dar
E ainda estamos no início...