31 de dezembro de 2016

Adeus 2016... Grrrrrr... Olá 2017... Grrrr...

Passagem de ano, para mim, é recolhimento e lareira. É casa cheia e mesa farta. É roupa quentinha e confortável (o oposto dos vestidos de festa que inundam as montras das lojas por esta altura). É estar em família. É encher uma mão com passas minutos antes da meia-noite. É saltar de uma cadeira com o pé direito e comer todas as 12 passas, uma a uma, no bater das badaladas. É acompanhar o que passa na televisão generalista mesmo que haja alternativas melhores (e há sempre) na TV Cabo. É desejar cada vez menos e fazer por acontecer cada vez mais. É adormecer por volta da 1 da manhã a bater o dente. E acordar já no ano novo com a sensação de que os anos passam mas há coisas que nunca mudam.

Bom ano 2017!

22 de dezembro de 2016

Night snacks

O João tem acordado todas as noites desta semana por volta das 3h/4h da manhã. Acorda com pesadelos, dá para perceber, mas depois pede qualquer coisa para comer - o que não é nada habitual nele. Esta noite pediu gelado. Gelado! E quando finalmente se calou e voltou a adormecer, acordou pouco depois a pedir a mesma coisa. De manhã, quando achei que se tinha esquecido e lhe disse que tinha feito uma grande birra durante a noite, lá veio o pedido novamente: gelado!



Não fosse isto de acordar a meio da noite um bocadinho chato, poderia muito bem ser uma cena de comédia romântica americana, onde todas as insónias são curadas com um balde XXL de Ben & Jerry's. Nham, nham...

21 de dezembro de 2016

Pré e pós. Eu sou mais do durante.

A primeira vez que me deparei com os conceitos "pré" e "pós" foi quando estava grávida. Nas consultas de obstetrícia, a médica frisou a importância da preparação pré-parto, na mesma medida em que também insistiu ser importante fazer um acompanhamento pós-parto. Eu, já nessa altura, só pensava no "durante", ou seja, no parto propriamente dito. Focava-me nesse momento, pensava como seria, imaginava possíveis cenários na minha cabeça e só desejava que fosse rápido e indolor. O resto, para mim, eram cantigas. Nunca me inscrevi nas aulas pré-parto e fui a uma única consulta pós-parto, 15 dias após ter sido mãe. Não estou com isto a dizer que nos devamos marimbar para o "pré" e para o "pós". Estou apenas a constatar que eu sou mais uma mulher do "durante".

Recentemente, descobri que existe a moda do pré e pós treino. Toda uma série de cuidados (essencialmente alimentares, mas não só) que visam potenciar os efeitos do treino em si. Potenciar o ganho de massa muscular e auxiliar a perda de massa gorda. Escusado será dizer que isto soou a música para os meus ouvidos. Afinal, se há uma fórmula capaz de nos pôr em forma mais depressa, sem que para isso tenhamos de treinar em dobro, eu quero saber tudo! E foi por isso que resolvi inteirar-me das práticas pré e pós-treino, de que meio-mundo anda fã. Pelo menos o meio-mundo que treina com regularidade e leva a coisa do exercício à séria. O meio-mundo onde eu estou a tentar posicionar-me há coisa de 2 meses.


Ora, já investiguei mil truques e dicas, sugestões para snacks pré e pós- treino, suplementos alimentares e cremes que prometem acelerar o metabolismo, reduzir as gordurinhas, tonificar, depurar, energizar e tudo e tudo e tudo. Para meu espanto, há todo um mundo de possibilidades de "pré" e "pós" que eu deveria considerar seriamente para me tornar numa fit girl em três tempos. E, para meu espanto também (que eu já me conheço, mas não deixo de me espantar), estou-me nas tintas para tudo isso. Sim, é um facto. Sou uma despreocupada desleixada. Basta dizerem-me que tenho de comer apenas determinadas coisas, num intervalo de tempo específico, ou tomar regularmente suplementos, de forma regrada, que eu desmoralizo antes mesmo de começar. A disciplina que implica manter determinados hábitos não é para mim. E isso é uma chatice. É uma chatice porque me obriga a suar cada quilo perdido na passadeira e na elíptica. Por esta altura, já podia estar transformada numa Heidi Klum, mas não! Ando para aqui tipo lesma, a dar passos de caracol e a arrastar as gordurinhas no ginásio. E tudo porquê?! Porque sou uma mulher do durante. É uma chatice!

20 de dezembro de 2016

Pais artistas

Volta e meia a escola do João manda TPC para os pais. Neste Natal, o trabalho era fazer um pastor a partir de uma rolha de cortiça. E o resultado foi não um, mas dois pastores. Sim, porque eu fiz um e o pai não quis ficar atrás. Mas, verdade seja dita (por mim, que sou altamente imparcial), o meu ficou bem mais estiloso com os oculitos de sol. Toda a gente sabe que esse acessório dá um jeitaço para quem passa o dia a guardar ovelhas...


15 de dezembro de 2016

Desabafo de gaja #3

As boazonas, no ginásio, deviam usar Burka.

A deliciosa descoberta de Natal

Foi preciso chegar aos 33 anos para descobrir a verdadeira magia do Natal: as azevias.



Hum, coisinhas mais deliciosas. As primeiras que provei tinham recheio de grão. Entretanto, já provei as de batata-doce. Mas sei que existem outras combinações (abóbora, amêndoa...) e não sossego enquanto não as provar todas. As de grão, para já, são as preferidas. Nham, nham...

Queridas filhoses, amigas como dantes, mas vão deixar de ser o meu doce natalício preferido. Lamento. Ainda assim, para não quebrar a tradição, prometo que farei o esforço de açambarcar umas dez ou quinze de vocês acabadas de fritar e polvilhadas com açúcar e canela. Já se sabe que o Natal do Norte não passa sem um alguidar de filhoses quentinhas...C'est la vie.

Quanto às azevias, me aguardem! Vou encontrar forma de tornar a receita mais saudável (fazê-las no forno em vez de as fritar, por exemplo) e depois posso comer a dobrar com metade da culpa. Não apenas no Natal, mas durante todo o ano. Vai ser "um ver se t'azevias"! 😉

#anutricionistaquenemsonhe

14 de dezembro de 2016

Ao lume #2


Ovos mexidos com requeijão de ovelha e espinafres

- 2 ovos
- 1 punhado de espinafres frescos
- 1 requeijão de ovelha
- 50ml de natas de soja
- sal e pimenta

Mexer os ovos (com as natas) e temperá-los com sal e pimenta. Levar ao lume numa frigideira antiaderente e polvilhar com o requeijão desfeito e com os espinafres. Quando começar a colar ao fundo da frigideira, mexer levemente com uma espátula para envolver os ovos, o requeijão e os espinafres. Retirar quando os ovos estiverem sólidos mas ainda brilhantes para não secarem demasiado.

Bom apetite!

13 de dezembro de 2016

Fapo

O João não diz os "esses". Está na fase em que os substituiu por outras letras, quase sempre por "efes". O que origina palavras como "fapo". E eu sei que devia corrigir e estimular a pronunciação correcta, mas acho tão fofo que dou por mim a cantar com ele:

fapo, fapo, fapo
à beira do rio
quando o fapo canta
é porque tem frio.

🐸

b-day



A pessoa chega a uma certa idade e só quer passar despercebida. "Aniversário?! De quem?! Não faço ideia do que estão a falar". A sério, dá para ignorar a data e fingir que é um dia como outro qualquer? Agradecida.

* Já agora, serviço de quartos: é uma garrafa de champanhe, por favor. E não é para comemorar!

10 de dezembro de 2016

Família Tavares Costa (como veio ao mundo)


Uma espécie de auto-retrato, mas o pai desenhou a mãe e a mãe desenhou o pai. O João foi o director artístico de toda a obra.

7 de dezembro de 2016

Pinheirinho, pinheirinho...

Cá em casa nunca tivemos árvore de natal. O esposo não acha graça e a mim nunca me apeteceu gastar dinheiro em árvores e enfeites para serem apreciados unicamente por mim e, depois do natal, atirados para a despensa. Nos últimos dois anos, já com o João nas nossas vidas, ponderámos montar a árvore de natal, mas como ele era tão pequenino não iria ligar nenhuma com certeza. De maneiras que foi este ano. Com 2 anos e meio, o João já conhece e aprecia os símbolos natalícios: a árvore, o Pai Natal, as luzes, o presépio, os presentes... E tudo e tudo e tudo!

Felizmente, a escola do João encarrega-se de lhe ensinar o que é o presépio, caso contrário ele não saberia por nós. Nem eu nem o pai somos "católicos praticantes" (na falta de melhor terminologia, é o que me ocorre para designar quem acredita em qualquer coisa, mas não o demonstra de forma alguma), portanto o presépio não existe nem existirá na base da nossa árvore. Adiante...

A escolha da árvore foi fácil. Sabíamos, à partida, que não queríamos um enorme mamarracho de plástico, por dois motivos: falta de espaço e preço abusivo. Todas aquelas árvores pomposas que nos saltam à vista nas lojas custam uma fortuna. Para além disso, têm de ser preenchidas com enfeites, nada baratos se somarmos fitas com bolas e acrescentarmos estrelas e figurinhas. Tudo o que fica bonito custa dinheiro. E não é isso que importa. O que realmente importa é celebrarmos o Natal em família, e a árvore de natal é apenas um lembrete disso mesmo. Também não queríamos desflorestar o mato nacional, só para termos um espécime bonito de pinheiro a servir os nossos propósitos decorativos. Então a nossa escolha recaiu num pinheirinho do IKEA, ainda bebé, que pode chegar aos 2 metros de altura e que pode perfeitamente ser a nossa árvore de natal dos próximos anos. Agrada-me a ideia de ter uma árvore de natal "viva", com a mais-valia de não ser preciso encaixotá-la e arrumá-la na despensa durante 10 ou 11 meses. Durante esse tempo, o pinheirinho não estará transformado em árvore de natal, mas estará no nosso terraço, despido de bolas e bonequinhos, mantendo, ainda assim, os seus ramos bem verdinhos.


Pinheirinho, pinheirinho,
de ramos verdinhos
p'ra enfeitar, p'ra enfeitar
bolas, bonequinhos...

E viva a magia (e a ecologia) do Natal!

30 de novembro de 2016

Ronaldo sozinho em casa






Custa acreditar que a dona Dolores fosse capaz de deixar o seu "grande menino" para trás. Mas a MEO diz que sim, que a senhora afinal é uma mãe desnaturada... E o Natal fica assim completo, com um mini remake publicitário do clássico natalício. Brilhante, MEO!

 

Amigo (realmente) secreto

Quando perdemos o papelinho que tirámos à sorte com o nome do nosso amigo secreto. E não fazemos a mínima ideia de quem seja. Isso, sim, é o amigo secreto!


25 de novembro de 2016

He's just not that into you

O título é de um dos meus filmes preferidos (este!), mas quer-me parecer que assenta como uma luva na relação de Justin Bieber com os fãs.

Os "Beliebers" acampam à porta dos seus concertos, faça chuva ou faça sol, meses antes da data se for preciso (sim, é um facto), seguem-no para todo o lado, só lhe dão provas de amor e devoção, vestem t-shirts, erguem bandeiras, pintam as caras, faltam às aulas e aos testes (sim, outro facto), movem mundos e fundos para o ver, ainda que a alguns metros de distância. E o que é que recebem de Justin Bieber?




Yeah, is it too late now to say sorry?

Se isto não é prova suficiente de que ele se está nas tintas para os fãs, eu não sei o que seja! Beliebers, acreditem quando vos digo que o rapaz não merece o vosso amor. Tenham juízo! Fiquem no quentinho do lar e não faltem à escola, que é o melhor que vocês fazem. Desculpem ser eu a dizer-vos isto, mas alguém tem de o fazer. And the truth will set you free!

Chegou a tão aguardada sexta-feira...

Para umas, é dia de acampar à porta das lojas. Para outras, é dia de acampar à porta do MEO Arena.


A Black Friday em todo o seu esplendor.

24 de novembro de 2016

A Worten agradece

É bonito ver a camaradagem entre marcas concorrentes. E a Worten certamente agradece a generosidade da equipa de marketing da Fnac. Já os imagino de sorriso no rosto, nesta Black Friday, a despedirem-se dos compinchas fnacianos: "Worten sempre!"

Ao lume #1


Salada quente

- 1 batata-doce pequena
- 1/2 couve-flor
- tiras de pota
- miolo de gambas

Cozer previamente a batata-doce (com casca) e a couve-flor. Saltear a pota e as gambas numa frigideira anti-aderente. No final da cozedura, juntar tudo e temperar com sal, pimenta, ervas de provence e um generoso fio de azeite.

Bom almoço!

Azeite para cozinhar? Nem pensar!


Sempre que eu descubro a pólvora, a minha nutricionista trata de detonar os meus sonhos. A sério, assim não dá! A bomba caiu na última consulta de rotina (qual IPO dos veículos): não se pode cozinhar com azeite! Que é o mesmo que dizer "adeus refogados queridos, gosto muito de vocês, mas não dá!" Diz a nutricionista que o azeite, quando sujeito a altas temperaturas, liberta toxinas prejudiciais para a saúde. "Mas, mas... Então e o azeite extra virgem?", perguntei eu, numa réstia de esperança. "Pior ainda", respondeu ela. Ao que parece, o azeite extra-virgem liberta essas toxinas a menor temperatura do que o azeite virgem*.

Eu, que sempre ouvira falar dos benefícios do azeite extra virgem (incluindo noutras consultas de nutrição, noutras dietas, years ago), fiquei logo com os azeites (desculpem o trocadilho óbvio, mas foi mais forte do que eu!). Não há nada que eu mais goste, na cozinha, do que o cheirinho a refogado. A comida fica muito mais saborosa depois de refogada em azeite. E não me venham com a conversa de que é possível fazer refogados sem azeite, em frigideiras ou panelas anti-aderentes, porque não é a mesma coisa. Não é, pronto! O azeite é o meu parceiro de cozinhados desde sempre, e vai ser difícil cortar relações. Foi com o azeite que descobrir o prazer de comer sopa (os legumes refogados, ao invés de cozidos, elevam a sopa a outro nível. É esta a "pólvora" de que falava!). Foi com o azeite que passei a comer mais legumes, bem salteados no wook ou assados no forno. Foi o azeite que me ajudou a ultrapassar inúmeras dietas, ao dar mais sabor a vegetais e legumes desenxabidos. Resumindo, o azeite é o meu cooking best friend. E foi por isso com enorme tristeza que ouvi as palavras demoníacas da nutricionista: o azeite cozinhado faz mal!
 BUÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!

E agora? Haverá "vida" depois do azeite? Eu continuo a tentar engolir a informação (a seco, literalmente). Será que vou voltar a apreciar uma sopa, mesmo que ela não tenha sido refogada antes de triturada? Será que vou usufruir, finalmente, das propriedades anti-aderentes do meu trem de cozinha do IKEA? Dúvidas e mais dúvidas. Para já, a angústia. E a certeza de que se aproximam tempos muito, muito difíceis. As palavras sábias do Jon Snow resumem bem este momento.

I know what it's like to lose the people you love.
I know this is hard for you.
But winter is coming.


* Já depois da consulta, fiz uma pesquisa na internet para perceber quais as temperaturas que alteram as propriedades do azeite (sim, estava preparada para usar o termómetro, se isso implicasse não abdicar dos meus queridos refogados)... Mas os resultados não foram consensuais. Até porque existem muitas variáveis, como a "potência" de cada fogão. Enfim, não havendo propriamente uma fórmula exacta, a atitude mais sensata é evitar cozinhar com azeite. Snif.

19 de novembro de 2016

Estamos sempre a aprender

Nas aulas de natação do meu filho, aprendi que sempre chamei "esparguete" ao que é, na verdade, "espaguete".


A questão que se coloca é: porque diabo deram aos cilindros de esponja coloridos um nome tão susceptível de gerar confusão? Tinha toda a lógica que se chamassem esparguete, pelas parecenças evidentes com esse género de massa. E mais! Se queriam inventar um nome diferente, ao menos que desencantassem um que não levasse as pessoas ao engano. Tipo "ciboias" ou "boilindricas" (e aí toda a gente percebia que se tratava de bóias cilíndricas, e nao de um tipo de massa. Certo?).

Para pessoas como eu, que levam estas coisas da língua a sério, é chato quando nos baralham e trocam as voltas à lógica. É uma bolonhesa desgraçada, é o que é!

18 de novembro de 2016

Desabafo de gaja #2

Se ao menos os pelos hibernassem... Não passaríamos o Inverno em modo "ursa".

17 de novembro de 2016

Como é que eles crescem tão depressa?!

Há dias em que olhamos para eles e não conseguimos evitar o pensamento: "como é que eles crescem tão depressa?!" A pergunta pode surgir a propósito da mais pequenina coisa, atitude, palavra ou gesto. Algo que nos confirma, efectivamente, que eles estão a tornar-se admiráveis pequenos adultos...  E que nós, pais, somos os distraídos que só de vez em quando reparam nisso!


No fim-de-semana, o João passou em frente a um cabeleireiro e disse que queria cortar o cabelo. "Queres cortar o cabelo?!", perguntei-lhe, não fosse ter percebido mal. "Sim", respondeu ele, assertivo. "Ok, eis uma novidade...", pensei eu. Na verdade, há semanas que eu e o pai falávamos na necessidade de lhe cortarmos o cabelo, mas continuávamos a adiar porque nas três experiências anteriores (duas em cabeleireiro e uma em casa) tinha sido difícil mantê-lo quieto o tempo todo. Aproveitámos, claro, o facto de ele se ter voluntariado. E, ainda cépticos, entrámos no cabeleireiro. Enquanto eu perguntava a uma das funcionárias se lhe faziam o corte, suspeitei que ele fosse mudar de ideias e sair porta fora... Mas não! Para surpresa minha e do pai, ele sentou-se na cadeira adaptada que prepararam para ele, ajeitou-se para lhe porem uma bata de plástico colorida e ficou sossegado durante os mais de 20 minutos que durou o corte. Pelo meio, respeitou todas as indicações da cabeleireira e apreciou curioso cada tesourada e cada gesto à sua volta, enquanto debicava descontraído a bolacha que trazia na mão desde que entrara (e que, às tantas, já estava cheia de cabelos... mas eu continuava tão aparvalhada por tudo aquilo que nem me apercebi. Foi outra das cabeleireiras que chamou a atenção para o facto). No final do corte, perante a incredulidade de todos no salão - que estranhavam a tranquilidade de uma criança tão pequena naquela situação ( suponho que não se encontrem muitos fãs de cabeleireiro aos dois anos e meio!) - o João pede um espelho para conseguir ver melhor a parte de trás do penteado (tal como tinha visto outra senhora a fazer). What?! Enfim, foi o momento "ei, papás, estou a crescer" do fim-de-semana.


Hoje, a caminho da escola, voltei a ter a mesma sensação de deslumbramento quando o vi todo senhor-do-seu-nariz, com a mochila da Patrulha Pata às costas e uma atitude de pequeno adulto que se recusa a dar-me a mão. Há dias em que parece que reparamos neles pela primeira vez. Ou então prestamos mais atenção. E depois deslumbramo-nos com o que vemos: o crescimento, de dia para dia, a ganhar forma e a dar-lhes personalidade.

Ah, e desde há dois dias que ele quer descer e subir as escadas do prédio sozinho, agarrado ao corrimão, repetindo inúmeras vezes "O João consegue". Eu agradeço não ter de o levar ao colo durante três andares e vou o caminho todo a tentar ampará-lo enquanto ele me enxota - "sai, mãe, o João consegue". E é isto! Daqui a uns mesinhos, tenho-o a pedir-me dinheiro para o consumo mínimo de uma discoteca*.

* Isto ainda existe, certo? (Convém não esquecer o reverso da medalha: à medida que eles crescem, nós envelhecemos. Glup)

16 de novembro de 2016

O dia em que toquei com as mãos no chão

 

Já foi na segunda-feira, mas voltei hoje à aula de yoga para confirmar o feito e confirma-se. Pela primeira vez na minha vida (vida adulta, vá) consigo tocar com as mãos no chão, dobrando-me sobre as pernas perfeitamente direitas. Na verdade, ainda só toco com a pontinha dos dedos, mas já é um começo... E o céu é o limite! (Entenda-se por "céu" o chão, neste caso.) Hoje são as pontinhas dos dedos, amanhã é a palma da mão e, quem sabe, qualquer dia dobro-me como um canivete suíço.


Tudo isto pode parecer relativamente simples para os que são abençoados pela Deusa da Flexibilidade, mas para mim, meus senhores, é o equivalente a uma daquelas posições de Kamasutra que acreditamos nunca na vida ser capazes de fazer. Eu já fiz a primeira deste leque das posições hardcore, portanto agora só me restam p'raí umas 4 mil e tal. E só de olhar para algumas delas já me dói o corpinho todo...


pocketyoga.com

May the Force be with me!

15 de novembro de 2016

O plágio menos preguiçoso que eu já vi


A sério que um casal se deu ao trabalho de copiar (praticamente ao pormenor) as fotografias de instagram de outro casal, apenas para ter mais seguidores? Quando li a notícia, pensei que se tratava de trabalho de photoshop, mas não! O casal plagiador foi efectivamente aos mesmos sítios, worlwide, imitou poses, ângulos, composição, roupas, tudo! Tu-di-nho! É incrível que alguém se dê a tanto trabalho para copiar, quando podiam ter criado de raiz e talvez, quem sabe, fizessem melhor. E eu que achava o plágio um atalho de preguiçosos, fiquei intrigada com esta nova forma de plágio. Simplesmente, não faz sentido!

11 de novembro de 2016

Desabafo de gaja #1

Os elásticos de cabelo são como os ex-namorados da Paris Hilton. Andam espalhados por tudo quanto é sítio... E estão quase sempre num estado lastimável.

10 de novembro de 2016

Wow! Coincidência?

E eis que me passou agora diante dos olhos a capa do Daily Mirror. Esta:

Quais são as probabilidades? Hamburger Morgenpost e Daily Mirror... (praticamente) a mesma capa!

Ainda sobre o furacão Trump

A minha capa de jornal preferida, do Hamburger Morgen Post (diário alemão):

Muito bom :)

9 de novembro de 2016

Os fugitivos portugueses são muita fraquinhos!

 

Eu avisei que o filme ia ser longo. E foi. Durou precisamente 28 dias. Mas tenho a dizer que o final desilude. Pedro João Dias não só se entregou à polícia (BUUUUUUU, que falta de originalidade!), como decidiu fazê-lo na véspera de se conhecerem os resultados das eleições americanas. Então, mas nenhum dos advogados que o representam tem noções básicas de Public Relations?! Que péssimo timing, meus amigos!

Estava visto que o Pedro João seria ofuscado pelo recém-eleito Presidente dos Estados Unidos. E o facto de ter sido o Trump ainda tornou a coisa pior. Entre o choque, o horror e a tragédia da vitória de Trump lá se encaixa a notícia de que "ah, é verdade, o Piloto entregou-se às autoridades!". BAH. Ninguém merece. Muito menos o Pedro João, que depois de tantos dias a monopolizar telejornais do princípio ao fim, acabou por ficar remetido a umas míseras reportagens de 2 minutos, no máximo...

Pedro João, se me estás a ouvir, para a próxima escolhe uma altura melhor. Bastava teres deixado passar o fim-de-semana, a poeira à volta do Trump assentar... e PIMBA, logo na segunda-feira de manhã, a abrir a semana, deixavas cair a bomba. Assim, foi fraquinho. Vá lá que ao menos houve um twist na história. Dizes que és inocente, das mortes e das agressões, e culpas a GNR. What?! Vamos lá deixar a poeira à volta do Trump assentar, para perceber do que raio estás a falar!

Calma, foi só um pesadelo...

Quando acordamos com uma notícia destas, só desejamos estar num daqueles filmes americanos em que percebemos, no final, que tudo não passou de um pesadelo.


É mau demais para ser verdade!

3 de novembro de 2016

Momento awkward no ginásio

Um senhor a soltar uns gemidos nada másculos enquanto o seu PT o obriga a suar as estopinhas. Se eu não tivesse percebido a origem dos sons, era capaz de jurar que uma qualquer senhora estava em êxtase com a elíptica. Literalmente!

31 de outubro de 2016

Amanhã é feriado?!

Isto de trabalhar em casa - ou de morar no escritório - tem muito que se lhe diga. De repente, sou surpreendida por um feriado de que só tenho conhecimento na véspera e por mero acaso, ao despedir-me da auxiliar da escola do meu filho com um "até amanhã" e ouvir, em resposta, "amanhã não, que é feriado". "OI? AMANHÃ É FERIADO?!"

Imaginem isto, repetidamente, em todas as vésperas de feriado. Eu devo passar por pessoa bastante baralhada...Dêem-me o desconto, por favor, que vida de freelancer e feriados não se compadecem!

A minha primeira aula de Zumba

Começou em alta, ao som de Footloose, e eu a pensar: "porreiro, isto vai correr bem!". Uma, duas, três músicas depois... "Eh lá, esta coreografia é tramada! E que música é esta?". Quatro, cinco, seis, sete músicas mais tarde... "Podemos voltar ao Footloose, por favor?"

Foram 45 minutos de ritmos latinos, reggaeton e afro (estilos musicais que não existem - nem nunca irão existir - numa playlist da minha eleição). Eu sei que o nome "Zumba" deveria ter feito soar uma campainha no meu cérebro, mas na verdade só pensei em música e dança e em como a junção das duas prometia diversão garantida. Enganei-me! Foi, tal como o instrutor preveniu logo no início, uma aula especial de Halloween - um horror, portanto!


À excepção do Footloose, eu não conhecia nenhuma das outras músicas e isso foi logo meio-caminho dançado para a perdição. Em menos de nada passei de "esquece as músicas, foca-te na coreografia!" para "esquece a coreografia, tenta divertir-te", até que desisti mentalmente e atirei a toalha ao chão: "Que se lixe a diversão, quando é que isto acaba?". Nos últimos minutos da aula, a minha coordenação motora estava em morte cerebral. E eu jurei em silêncio que nunca mais meteria os meus pés numa aula de Zumba. E por falar em pés, vou focar-me nos únicos 3/4 minutos de diversão que tive e deixar-vos com o mood que eu adorava que toda a aula tivesse tido.

 (tão novinho o Kevin Bacon. E eu tinha um ano por esta altura... Maravilha :P)

30 de outubro de 2016

Coisas que mudam quando temos um filho #19

Na noite de mudança para o horário de inverno, ao contrário dos comuns mortais, não "ganhamos" uma hora de sono. Ao invés, acordamos uma hora mais cedo e andamos o dia todo a arrastar-nos, estilo zombies com jet lag.


Sarah Laffey

(Tcharán, estamos prontos para o Halloween!)

28 de outubro de 2016

Dois anos e meio de João


(30 meses em número redondo)
Bem sei que as "meias datas" não têm o mesmo estatuto, nem igual direito à celebração, mas não é por isso que devem passar em branco. Aos 2 anos e meio, assinalados precisamente hoje, o João está um pequeno adulto com traços de personalidade cada vez mais vincados.


Não gosta de dormir até tarde (depois das 7h30 só nas férias de praia, e em Peniche - ah, a magia do oeste!). Adormece sozinho sem dramas, mas sempre na companhia da sua querida chucha e com a etiqueta da fralda a dançar entre os dedos (na verdade a fralda era dispensável, do que ele gosta mesmo é da "titeta"). Pede para fazer ó-ó quando tem sono, entre as 20h e as 21h. Muito raramente, em dias de festa ou de maior agitação, tenta escapulir-se à sesta (e às vezes lá consegue). Pede "tinho" (aka leitinho) antes de dormir e apenas quando está com os pais - nunca o faz na escola e nem sempre o faz quando fica com outras pessoas, o que nos leva a crer que é vício. Ainda bebe o leite de biberão, sem qualquer insistência nossa para deixar de o fazer (sem pressas). Ainda usa fralda, apesar de estarmos constantemente - e em vão - a indicar-lhe o bacio (antes das férias estava muito bem encaminhado, mas as mudanças de rotina - Lisboa, Oeste, Norte, Algarve - deitaram tudo por terra).

Adora a Patrulha Pata, que destronou o Pingu e a Masha e o Urso como desenhos animados preferidos. Come bem e sozinho, à excepção da sopa (que muitas vezes teima em não comer - tal e qual a mãe, não é fã de sopa). Alterna determinadas tarefas entre a mão direita e a mão esquerda, suscitando dúvidas sobre se será destro ou esquerdino. É raro o dia em que não ande pela casa na sua bicicleta sem pedais, que faz questão de estacionar sempre no mesmo sítio (encostada à máquina de lavar roupa). É raro o dia em que não faça birra depois do banho, para se vestir. Nunca gostou do processo vestir-despir. Não faz fitas para tomar banho (tem dias, claro). Gosta de água (sai ao pai!) e, por isso, tem aula de natação aos sábados de manhã.

Diz "oblado" a torto e a direito. "Oblado mãe", "oblado pai" e "oblado" aos senhores do pão, da fruta, do café e por aí em diante. Insiste em pagar as compras e se for com cartão multibanco quer ser ele a tirá-lo da ranhura. Continua convictamente loiro, para estranheza de todos os que questionam a quem ele sairá assim (fyi, pai e mãe foram loiros na infância). A sua brincadeira preferida é saltar em cima da cama, com os pais a servirem de trampolim (e a levarem com pés, rabo, joelhos e cotovelos em todas as partes do corpo). Também adora andar às cavalitas (se for nos ombros do pai, tanto melhor).

É um observador nato, incrivelmente atento ao que o rodeia - topa a mais ínfima mudança na disposição das coisas e repara num avião quando é apenas um pontinho longínquo no céu. Pede-me que apanhe todos os "pêlos" (vulgo "cabelos") que vê espalhados pela casa (uma mania que, claramente, herdou de mim). Tem excelente memória (cof cof, me again). Tem uma panca com o chapéu - que pede para pôr no instante em que sai à rua. Também insiste em vestir o casaco - "tá chio", diz ele. O objecto que mais vezes rouba aos pais é a chave do carro (já passou a fase dos óculos). Ao contrário de muitas crianças, não liga aos telemóveis nem aos tablets (de vez em quando lá pede para ver bonecos, mas é só). Começa a orientar-se sozinho no YouTubecom o dedinho em riste a carregar e a deslizar nos sítios certos.

Pede mais colo do que devia. "Qué ixo?" é a pergunta que faz a todo o momento. Acha graça a "balelas" (baleias) e "pôôô-pôôôô" (comboios). Gosta mais de pão do que de bolos. Não costuma pedir guloseimas (e só quando vê alguém comer doces é que se lembra) - o que pede, quando pede, é "pupa-pupa". Acorda sempre a chamar pelos pais - "Oh mãe! Oh pai! Oh mãe!" (ad infinitum até lhe respondermos). Gosta da escola (contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que resistiu a lá ficar - e apenas porque viu outros miúdos a fazê-lo).

Dá os melhores abraços do mundo e é lindo a dar beijinhos (dá muitos aos pais, e muito poucos a quem não conhece bem). É lindo, ponto. É o melhor primeiro filho que eu poderia ter tido (não mudava nada, nem mesmo a tendência madrugadora!). E agora está na hora de o ir buscar à escola que estou a morrer de saudades - e quero enchê-lo de beijos (hoje especialmente).

Agora somos 3 cá em casa!

Ainda não sei se é menino ou menina, mas chama-se Rafa (e assim dá para os dois). Passa os dias a dormir (ou a hibernar) e tem umas posições de yoga mesmo fofas.


Apresento-vos a tartaruja ninja cá de casa. Como o tempo passa a correr e eles crescem rápido, não tarda muito está assim:

26 de outubro de 2016

Produtos que me intrigam


Que as batatas fritas possam ser light eu compreendo. Reduz-se ou altera-se a gordura com que se fritam e está feito! Mas que a matéria-prima, as próprias batatas, sejam light... Isso já é algo que me ultrapassa. Como diabo se consegue que uma batata seja mais "magra" do que outra? Ele há coisas mesmo estranhas (e não será coincidência que venham da Holanda)...

Ah, o plástico!

Nos dias em que almoço mais tarde, aproveito para sintonizar o Dr. Oz, na SIC Mulher. Honestamente, nem sei por que o faço, já que fico sempre com uma sensação de angústia e de "estou a fazer tudo mal" que me consome os nervos.


As constatações do Dr. Oz, da sua equipa e dos especialistas convidados, sobre os mais variados temas respeitantes à saúde, são inquietantes. No episódio de hoje (que, apesar de ser uma repetição, eu nunca tinha visto), descobri que estamos todos a contaminar-nos com plástico. Até no sal de cozinha foram encontradas partículas de plástico, acreditam? É um abre-olhos incrível. E nem deveria ser preciso ouvi-lo para o sabermos: estamos rodeados de plástico, é um facto! Tupperwares (e seus parentes próximos), película aderente, louça de plástico, sacos do lixo, brinquedos... O nosso amigo Bisfenol A, mais conhecido por BPA (até parece nome de banco), está em toda a parte.

Depois de nos alarmar com a triste realidade, o querido Dr. Oz sugere uma purga de plástico, para eliminarmos o BPA das nossas vidas durante 21 dias e, idealmente, para toda a eternidade. Como eu não sou de extremismos, e os tupperwares dão um jeitaço do caraças, começo por pequenos gestos que - acredito - já farão alguma diferença: 1) Não voltar a aquecer recipientes de plástico no microondas, ever again. 2) Livrar-me das garrafas de plástico que deveriam ser descartáveis, mas que eu vou enchendo com água e que tenho sempre na mochila do João. Isso implica comprar uma garrafa reutilizável e BPA-free, asap.

Claro que há muitas outras atitudes a tomar, mas temos de começar por algum lado. E isto sou eu a falar, claro, porque para muita gente deve ser extremamente difícil saber por onde começar. "Lábios? Biceps? Rabiosque? Oh Dr. Oz, desculpe lá, mas tenho mesmo de me livrar do plástico todo?!" ;)

25 de outubro de 2016

A culpa é do aquecimento global

No regresso da escola, o João repara nalgumas folhas caídas no chão:
— Folhas. No ão. Vento. Vuuuuu (enquanto faz sons e gestos a imitar o vento).
Eu lá percebo a mensagem e repito para o sossegar:
— Pois. O vento faz as folhas cair ao chão, é verdade.
Satisfeito por estar a conseguir fazer-se entender, ele continua. Cada vez mais entusiasmado:
— Folhas. Ão. Vento. Vuuuuu vuuuu. Tôno. Tôno.
A palavra é novidade para mim e fico à nora enquanto ele a repete:
— Tôno. Folhas. Ão. Vento. Vuuu vuuu. Tôno.
Finalmente, lá consigo perceber pelo contexto.
— Ah, o outono! É ele que faz as folhas caírem ao chão com o vento, pois é!
E ele, com ar intrigado:
— O Tôno, onde tá?

(Quer-me parecer que falaram do outono na escola, mas não lhe explicaram aquela parte do aquecimento global.)

Dar a volta ao armário

Todos os anos por esta altura (mais coisa menos coisa) é tempo de reorganizar o armário. Por muito que nos custe, há que dizer "hasta la vista baby" às peças frescas e coloridas de verão, para dar destaque às malhas, lãs, pijamas polares, meias grossas e afins. Ninguém merece! Além de ser uma trabalheira dos diabos, ainda temos de nos mentalizar de que o verão acabou. (snif) A única coisa boa do processo é capaz de ser a limpeza que aproveitamos para fazer ao nosso guarda-roupa. Afinal, passou meio ano desde a última vez que tivemos eye-contact com o nosso guarda-roupa de inverno e desde então crescemos, aprendemos e aproveitámos para comprar uns trapinhos novos no início de colecção (quem nunca o fez, que atire a primeira pedra!).

"Esta camisola está desbotada. Auf wiedersehen". "Que coisa horrorosa é esta que comprei nos saldos de 1995 e que nunca cheguei a usar?! Auf wiedersehen." "Há de chegar o dia em que ganho coragem para vestir esta camisola de malha transparente com apliques de renda e lantejoulas. Auf wiedersehen." Temos de encarnar a Heidi Klum que há em nós e dizer adeus (de forma adorável e com um sotaque super sensual) a todos os erros de guarda-roupa que guardámos persistentemente ao longo dos últimos meses (ou anos).

Eu, a arrumar o armário, é mais ou menos isto!

O segredo é aproveitar a sabedoria adquirida em mais um meio ano que passou e encararmos o nosso armário como um organismo vivo: algumas coisas têm de perecer para que outras possam brotar no lugar delas. É o ciclo de vida adaptado a um meio ambiente de 150x80cm (sim, porque não há closets gigantes por estas bandas). 

A filosofia do desprendimento ganha especial relevância quando se trata de dar a volta ao armário. Eu tornei-me praticante dessa filosofia com as sucessivas mudanças de casa, e renovo a minha crença a cada reorganização do armário. De que nos serve agarrarmo-nos a coisas que só ocupam espaço e ganham pó? "Ah e tal, um dia podem vir a dar jeito", diz-nos a vozinha acumuladora dentro de nós. Esqueçam! Se já se passaram duas estações e a peça em questão ainda não viu a luz do dia, move on. É hora de sair do nosso armário e ocupar o armário de alguém que, efectivamente, lhe dê uso. Podem doá-la a instituições de solidariedade, por exemplo. Eu costumo sondar a família primeiro (entre as muitas irmãs e sobrinhas, há sempre quem veja com bons olhos a minha camisola de malha, renda e lantejoulas). Há ainda a possibilidade de aproveitarem o que está a mais no vosso armário para projectos DIY e assim fazerem um dois-em-um: limpam o roupeiro e redecoram a casa!

Outra dica importante a ter em mente antes de se atirarem ao vosso armário é a organização. No meu caso, organização é sinónimo de caixas, caixinhas, cabides especiais e compartimentos dentro de compartimentos (obrigada, Ikea, por existires). Se separarmos as roupas dos acessórios, das malas e dos sapatos torna-se muito mais fácil encontrarmos o que queremos, no dia-a-dia, e arrumarmos de forma mais prática quando chega a altura de o fazermos. Isso inclui aproveitar de forma inteligente a arrumação vertical (ora aqui está um conceito digno de profissional das arrumações!). Trocando por miúdos, a parte de cima do roupeiro não deve ser descurada, só porque não são a Heidi Klum e não medem 2 metros para lá chegar! Se é uma zona mais inacessível, então aproveitem para lá guardar as coisas de que não precisam diariamente, como a roupa da próxima estação. Se estiver arrumadinha em caixas, tanto melhor. Dá logo outro ar...

Bom, toda esta teoria - no fundo - é uma forma de protelar a missão que tenho pela frente. Não foi por acaso que escolhi o dia de hoje para esta tarefa, odiosa, de reorganizar o meu armário. O estado do tempo, assim em jeito de pandã com o meu estado de espírito, ajuda a tornar a coisa mais fácil. Além disso, está a chover e na minha sapateira só vejo chinelos, sandálias, ténis e alpercatas. É capaz de não dar muito jeito para sair à rua! O mesmo para os tops e casacos frescos de verão que me ocupam os cabides. Enfim... Vou mas é deixar-me de rodeios e atirar-me de uma vez por todas à tarefa, antes que chegue o inverno rigoroso (que eu também não tenho a genética abençoada da Heidi Klum).

21 de outubro de 2016

Coisas que mudam quando temos um filho #18

Numa escapadinha de fim-de-semana levamos tantas malas que mais parece que vamos emigrar...


®dailymail.co.uk 

 E, por incrível que pareça, só uma delas é nossa!

20 de outubro de 2016

Hidratos sim, açúcar não!

Esta máxima não vale só para os pequenos-almoços, mas é especialmente importante na primeira refeição da manhã. Porquê? Porque é nessa refeição que tendemos a comer mais hidratos açucarados, sob a forma de cereais ou granolas. Quem gosta disso, como eu, de certeza que consegue dizer de cabeça duas ou três marcas de cereais que adore (o meu TOP 3: os clássicos Chocapic, nhamiii; os Cuetara Flakes, aqueles cereais que têm um monstro na embalagem e que são basicamente bolachas recheadas de cereais, duplo nhamiiii; e os mais recentes da Lion, o combo perfeito entre chocolate e caramelo). Quanto a granolas, gosto de quase todas, sobretudo se incluírem frutos secos como nozes e avelãs. E quanto mais docinhas melhor, of course!


Ora, é aqui que reside o problema. À excepção dos cereais desenxabidos como os Corn Flakes ou os Wetabix (que eu não aprecio), quase todos os cereais têm quantidades pornográficas de açúcar... Mas isto já toda a gente sabe, certo? O que é enganador (eu, pelo menos, caía que nem uma patinha) é dizerem-nos que a granola "x" ou "y" é saudável por ser adoçada com mel ou xarope de agave. Este factor, por si só, deveria desculpar as mais de 10, 15 ou até 20 gramas de açúcar por cada 100gr, inscritas no rótulo da embalagem. Mas não! A minha nutricionista diz que é a quantidade de açúcar que devemos considerar e não apenas (ainda que também seja importante) a sua forma (e já se sabe que o açúcar assume muitas formas, é um dissimulado!). Passo a explicar...

Segundo a minha nutricionista, o mais importante são os números escarrapachados no rótulo. O açúcar nunca pode exceder os dois dígitos por cada 100gr, para que se possa considerar o produto "x" ou "y" como saudável (do ponto de vista do açúcar - deixemos, para já, as batalhas da gordura ou do sal). Assim sendo, no que ao açúcar diz respeito, o número a ter em mente (anotem isto, minhas senhoras, porque eu já anotei!) é de 6gr por cada 100gr. É um número fácil de reter, mas o difícil mesmo é encontrar uns cereais ou uma granola que estejam dentro da bitola.

Depois da bomba largada pela nutricionista, lá fui eu, sem grande esperança, à secção de cereais e granolas do hipermercado (reparem que escolhi uma grande superfície precisamente para ter mais hipóteses de escolha), na tentativa de encontrar a opção perfeita para ao meu pequeno-almoço. Se tivesse frutos secos, tanto melhor! Mas o importante era o número mágico na parte detrás da embalagem. Foquei-me primeiro nas que diziam "saudável", "fitness", "adoçada apenas com...", etc. etc. Ao virar a embalagem para ver o rótulo, rapidamente excluí umas dezenas para passar a ficar com apenas duas na mão. Por coincidência, era a mesma marca em duas variedades (Frutos Vermelhos e Chocolate e Avelãs), ambas adoçadas com Stevia.


Comprei a variedade Chocolate e Avelãs (frutos secos, always) e já experimentei da forma que mais gosto: misturado com iogurte grego (natural e magro, claro está - falamos disso na temática "gordura", ok?). São crunchy, como promete a embalagem, e continuam a ser docinhos, como se quer. Um match perfeito, portanto. E eu recuperei a minha fé na crença de que é possível comer saudável, mas ainda assim com sabor (e prazer!).