6 de junho de 2015

Varicela, a doença do demo!

Créditos da imagem: polluteyourbritches.tumblr.com

Depois de uma semana de varicela, tenho a dizer  que essa doença é O INFERNO. Tentar impedir que uma criança de 1 ano conviva pacificamente com as suas borbulhas gigantes e horrorosas, sem se coçar, é como proibir um macaco de se catar.

Nos primeiros dias, o João até nem tinha assim tantas borbulhas - algumas no peito, nas costas, no pescoço e muito poucas na cara e nas pernas. Pensei: "ok, se continuar assim, não vai ser muito mau!". Mas eu já devia prever que estas coisas nunca entram e saem de fininho. E eis que, ao terceiro dia, o cenário mudou drasticamente! Cresceram borbulhas como cogumelos em toda a santa parte do corpo - interior dos ouvidos, entre os dedos, pilinha, rabinho, you name it! -, especialmente na cara, o sítio que eu mais temia por causa das marcas. No entanto, acho que o João se portou relativamente bem (João 1, macaco 0). Exceptuando uma zona que ele estava incessantemente a coçar - a parte baixa das costas, talvez por lhe fazer mais impressão no contacto com a fralda -, ele praticamente não coçou o rosto. Claro que este "praticamente" contempla umas quantas coçadelas ocasionais, mas nada de muito alarmante. Logo, não me parece que fiquem marcas. Por enquanto, as borbulhas estão secas e aguarda-se que desapareçam progressivamente nos próximos dias (para nunca mais voltar, espero!).

Então e as noites? Minha nossa, ninguém aguenta! Só anteontem conseguimos fechar os olhos por 3 horas seguidas (talvez umas 5 no total, se somarmos os cochilos). Mas naquela fase em que a varicela estava no seu auge - e a febre apareceu para ajudar à festa - foram directas autênticas. Sem exageros. Primeiro, não havia maneira de o conseguir adormecer. Ele coçava, coçava, desatava a chorar, não queria ficar sozinho, valia tudo menos dormir... Um inferno! Passavam-se horas de tortura com ele de olho aberto, aos gritos na cama. Assim que lhe pegávamos, calava-se. E seguiam-se uns bons minutos de embalo até ele decidir fechar os olhos. Mas no momento em que o deitávamos outra vez, era como se um trompete lhe tocasse o pasodoble aos ouvidos. Over and over again.

A quantidade de vezes que ameacei atirá-lo pela janela! (Nesta altura, toda a minha racionalidade e paciência há muito que tinha seguido o mesmo caminho.) Descobrimos finalmente que a única forma de o adormecer era colocá-lo na cama comigo. Ele acalmava, eu segurava-lhe as mãos para não se coçar e uma ventoinha bombardeava ar fresco para a zona da comichão... Neste ritual, conseguimos que fechasse os olhos por 30 minutos. Depois despertava, gritava e coçava-se por mais meia-hora. Até se cansar e voltar a adormecer. E assim pelo resto da noite. Espectacular!

O meu estado era tal que, na primeira noite melhor dormida, acordei à 1h (depois de adormecer com ele às 22h) e achei que já era de manhã. Juro. Estava prontinha a levantar-me, como nova. Eu e Mr. Johny, que saltitava na cama ao meu lado. Vá lá que olhei para o relógio, preparei um biberão para ver se o acalmava e resultou... Ao fim de 1 hora de embalos. Pior, pior, foi eu voltar a pregar olho. Onde está uma mão para nos embalar quando precisamos dela? (No meu caso, estava a dormir no quarto ao lado.)

Anyway. Isto são mágoas (quase) passadas. Tirando o facto de acordar com as galinhas, as últimas duas noites têm sido... razoáveis. Agora é só afinar esta questão do relógio para dormirmos até às 11h ao fim-de-semana e 8h em dias úteis. Percebido, Mr. Johny? Agradecida.

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