6 de julho de 2015

Cursos, para que vos quero #1


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Já aqui disse que gosto de cursos. Gosto de aprender coisas novas e, acima de tudo, tenho necessidade de conhecer outras áreas de actividade - mais ou menos circundantes à minha - para ter a certeza de que estou a pôr em prática a minha vocação (chamamento divino, missão de vida, you name it!). Sabe-se lá se não tenho em mim uma brilhante designer de moda ou uma proeminente marketeer?

Esta é realmente uma das minhas maiores inquietações: como saber se estamos na área/profissão certa, se não experimentarmos TODAS as possibilidades? OK, é ambicioso (e provavelmente impossível) conseguir fazê-lo em apenas uma vida. Mas... Podemos ao menos restringir a nossa pesquisa com base no que conhecemos bem sobre nós! Eu, por exemplo, sei que gosto de escrever, sou fascinada pelo design e pela estética das coisas e não me imagino numa profissão totalmente desprovida de criatividade. A partir desse ponto, já é exequível traçar um círculo de interesses mais restrito (ainda que imensamente variado). Mas... E depois? Como concretizar a "prospecção de mercado"?

Os cursos rápidos, ou workshops, são provavelmente a maneira mais fácil. No entanto, nem toda a gente tem o tempo e o dinheiro necessários para andar por aí a experimentar cursos - como quem experimenta roupa num provador de loja. Ainda que a oferta seja variada, de preços e horários, continua a não ser acessível a toda a gente. No meu caso, tento sempre encontrar um curso minimamente barato, mas que tenha alguma profundidade de conteúdos (e isso vê-se na relação programa-carga horária). Por exemplo, não me interessa nada dar 50€ por um workshop de 2 horas em marketing digital - porque sei que não vou aprender o suficiente sobre o assunto -, mas talvez dê esse dinheiro por um workshop de cupcakes com a mesma carga horária. Apesar de o meu desconhecimento ser exactamente igual em ambas as matérias, parece-me óbvio que a última é mais facilmente apreendida em pouco tempo. Depois há outro factor a considerar: o jeito que, à partida, pensamos ter para a coisa. Por que haveria eu de inscrever num workshop de desenho avançado ou de pintura se os rabiscos do meu filho são melhores que os meus? Há que ter muita noção do que queremos e do que se adapta a nós, antes de investirmos as nossas poupanças em cursos e workshops!

Isto para vos dizer que fiz um workshop de fim-de-semana em Content Marketing. E porquê Content Marketing?  Sendo eu uma criadora de conteúdo, parece-me útil aliar essa capacidade a alguns conhecimentos de marketing. Sobretudo porque tenho planos para lançar um projecto online e zero dinheiro para investir. Logo, terei de ser eu, solo, a fazer o papel de uma equipa inteira. O que não me chateia nada, diga-se de passagem. Pelo menos, no que ao marketing e ao design diz respeito. Porque se falarmos de gestão e contabilidade, a coisa muda de figura. Lá está, não me parece que tenha jeito para matérias que envolvam números, mas com isso preocupo-me depois.

Para já, o que dizer do curso de Content Marketing? Achei que tem tudo a ver comigo. Vejo-me perfeitamente a trabalhar nessa área. Entendo os conceitos e as premissas-base. E não posso dizer que tenha aprendido algo absolutamente novo, mas tive boas ideias, conheci pessoas com competências parecidas ou radicalmente diferentes e acrescentei uma experiência ao currículo e vários estímulos à criatividade.

Se valeu a pena, tendo em conta a relação qualidade-preço? Para mim, com certeza. Para outras pessoas, talvez não. E porquê? Porque todos temos percepções diferentes daquilo que consideramos investimentos. No meu caso, sou capaz de passar meses a "chorar" uma roupa ou uns sapatos (que não deixam de ser investimentos, em nós e na nossa aparência), mas dou por bem empregue o meu dinheiro em cursos e viagens (com as devidas excepções, claro). Dizendo a mesma coisa através de conceitos de marketing (cof cof): roupas e sapatos não fazem parte do meu mindset, enquanto cursos e viagens estão no meu top of mind.

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