24 de julho de 2015

Os homens, as mulheres e o Leroy Merlin

Fomos ao Leroy Merlin comprar azulejos para uma parede da cozinha.

Ele: - Acho que três caixas destes devem chegar.

Eu: - Mas mediste os metros quadrados?

Ele: - Sim. Acho que são 4.

Eu: - Achas? Não tens a certeza?

Ele: - Então, se uma parede tem um metro e a outra dois...

Eu (interrompo, já a fritar com as multiplicações): - Mas se não tens a certeza das contas, pergunta ao senhor.

Ele: - Não é preciso. É isso. São três caixas.

Eu: - De certeza que não queres perguntar ao senhor?

Ele (enquanto coloca as três caixas no carrinho, a bufar): Já está. Vamos embora!

[A caminho da caixa. Ele à frente e eu atrás, não satisfeita com a dúvida. Encontro um funcionário e aproveito para lhe perguntar como se fazem as contas aos metros quadrados, afinal, de forma a sabermos quantas caixas de azulejos levar. O funcionário saca de uma calculadora e dá-nos a resposta, assertiva. Como eu suspeitava, as contas dele diferem das nossas.]

Funcionário: Só vão precisar de duas caixas. E mesmo assim vai sobrar.

[Voltamos para trás. Deixamos ficar uma das caixas.]

Eu: Porque é que não perguntas logo ao senhor, se tens dúvidas? É por isso que eles cá estão.

[Ausência de resposta. Orgulho másculo claramente ferido.]

Moral da história: A experiência de compra no Leroy Merlin é radicalmente diferente para homens e mulheres. ELES acham que sabem tudo e que tratam a "bricolage" por "tu". ELAS gostam simplesmente de meter conversa com funcionários encorpados a fazer lembrar empreiteiros sexy.

Sem comentários:

Enviar um comentário