Fomos ao Leroy Merlin comprar azulejos para uma parede da cozinha.
Ele: - Acho que três caixas destes devem chegar.
Eu: - Mas mediste os metros quadrados?
Ele: - Sim. Acho que são 4.
Eu: - Achas? Não tens a certeza?
Ele: - Então, se uma parede tem um metro e a outra dois...
Eu (interrompo, já a fritar com as multiplicações): - Mas se não tens a certeza das contas, pergunta ao senhor.
Ele: - Não é preciso. É isso. São três caixas.
Eu: - De certeza que não queres perguntar ao senhor?
Ele (enquanto coloca as três caixas no carrinho, a bufar): Já está. Vamos embora!
[A caminho da caixa. Ele à frente e eu atrás, não satisfeita com a dúvida. Encontro um funcionário e aproveito para lhe perguntar como se fazem as contas aos metros quadrados, afinal, de forma a sabermos quantas caixas de azulejos levar. O funcionário saca de uma calculadora e dá-nos a resposta, assertiva. Como eu suspeitava, as contas dele diferem das nossas.]
Funcionário: Só vão precisar de duas caixas. E mesmo assim vai sobrar.
[Voltamos para trás. Deixamos ficar uma das caixas.]
Eu: Porque é que não perguntas logo ao senhor, se tens dúvidas? É por isso que eles cá estão.
[Ausência de resposta. Orgulho másculo claramente ferido.]
Moral da história: A experiência de compra no Leroy Merlin é radicalmente diferente para homens e mulheres. ELES acham que sabem tudo e que tratam a "bricolage" por "tu". ELAS gostam simplesmente de meter conversa com funcionários encorpados a fazer lembrar empreiteiros sexy.
Sem comentários:
Enviar um comentário