18 de junho de 2015

Não há pachorra para tanta greve de metro!

Perdoem-me os sindicalistas e os democráticos fundamentalistas, mas qualquer que seja a reivindicação, para mim, já perdeu toda e qualquer legitimidade.

Não há direito que justifique perturbar a vida e as finanças de milhares de pessoas sistematicamente. Tanta gente que daria um rim para ter trabalho... E depois há os "grevistas crónicos", que só estão bem com a estabilidade e as regalias adquiridas no tempo das vacas gordas. Mas esse tempo acabou! Centenas de trabalhadores do privado sentiram-no na pele. Eu incluída. E esses trabalhadores, que agora são cidadãos sem trabalho e com contas para pagar, não podem compadecer-se com reivindicações que há muito ultrapassaram o limite do razoável. Temos pena! Adaptem-se à nova conjuntura, como tantos fizeram. E agradeçam por ainda não terem sido dispensados com justa causa.

Perdoem-me novamente os sindicalistas e os defensores da democracia que só vêm os direitos - e esquecem os deveres -, mas a lei não deveria ser tão permissiva. Imponham um limite de greves semanais, mensais, anuais, sei lá... Eu só acho que não vale abusar dos direitos constitucionais, sob pena de atropelar os direitos dos outros.

Se o metro não tivesse já em caixa o dinheiro dos passes, o prejuízo que estas greves causariam seria infinitamente maior. E, se assim fosse, o desfecho mais provável seria a falência. Ou então uma dívida incomportável que todos nós, cidadãos empregados e desempregados, teríamos de pagar, de uma forma ou de outra. Porque ninguém quer comprar uma empresa moribunda, enterrada em dívidas. Eu não quereria. Assim como não quereria uma empresa onde os funcionários não têm qualquer sentido de " vestir a camisola " ou de levar o barco (o metro, melhor dizendo) a bom porto... Os actos egoístas dos "grevistas crónicos" vão cavar a sepultura da empresa. E eu depois sempre quero ver se, já desempregados, eles não dariam um rim para ter o emprego de volta - e nas mesmas condições de que tanto se queixam!

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