— Folhas. No ão. Vento. Vuuuuu (enquanto faz sons e gestos a imitar o vento).
Eu lá percebo a mensagem e repito para o sossegar:
— Pois. O vento faz as folhas cair ao chão, é verdade.
Satisfeito por estar a conseguir fazer-se entender, ele continua. Cada vez mais entusiasmado:
— Folhas. Ão. Vento. Vuuuuu vuuuu. Tôno. Tôno.
A palavra é novidade para mim e fico à nora enquanto ele a repete:
— Tôno. Folhas. Ão. Vento. Vuuu vuuu. Tôno.
Finalmente, lá consigo perceber pelo contexto.
— Ah, o outono! É ele que faz as folhas caírem ao chão com o vento, pois é!
E ele, com ar intrigado:
— O Tôno, onde tá?
(Quer-me parecer que falaram do outono na escola, mas não lhe explicaram aquela parte do aquecimento global.)
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