- Bzzzzzzzzzzzzzz! (Melga)
Reclamo mentalmente. Ligo o anti-melgas à tomada. Tento voltar a adormecer.
- Bzzzzzzzzzz!!! (A p&%@ da melga outra vez)
O João dorme no nosso quarto e eu não suporto a ideia de que ele esteja a servir de banquete. Levanto-me e ligo a luz. Enceto a caça à melga, de almofada em riste. Ainda bem que as paredes são brancas.
- Ali está ela! (Pensamento seguido de pancada de almofada na parede. Ao lado.)
- %&%#&! (Pensamento irado)
Sucessivas pancadas de almofada, umas na parede, outras no ar, tentando não fazer barulho. Finalmente, atinjo o inimigo - que fica a dormir eternamente na fronha da minha almofada (o desespero afasta nojos e uma toalhita resolve o resto).
- Aleluia! (Pensamento de alívio, enquanto volto a deitar-me, com sensação de missão cumprida.)
Durmo profundamente, algo raro desde que fui mãe. Os ares da aldeia devem ter soporíferos.
- Bzzzzzzzzzzzzzz! (Melga n.° 2, que eu não acredito em reencarnação.)
Tapo a cabeça com o lençol. Isto não está a acontecer!
- Bzzzzzzzzzzzzzzzzzz!!! (Rasante aos meus ouvidos) Bzzzzzzzzzzzzzzzzz!!! Bzzzzzzzzzz!!!
OK. Se é guerra que elas querem, é guerra que vão ter. Ligo a luz novamente e acciono o "modo Ninja". Faço-o tão silenciosamente quanto consigo. Só me faltava agora que o João acordasse! Algumas pancadas em falso (poucas) e neutralizo a invasora. UFA! Second man down!
Volto para a cama, pé ante pé, mas acontece o inevitável: a adrenalina impede-me de adormecer. Olho para o relógio e percebo que só tenho 2 horas, na melhor das hipóteses, até o João acordar. A constatação mental não ajuda. Provavelmente terei de contar carneirinhos... Ou melgas, vá. E, nem de propósito, a punch line vira-se contra mim.
- Bzzzzzzzzzzzzzz! (Melga n.° 3)
- Buáááááá! (João)
- F%€#-@&! (Eu)
(Um verdadeiro sonho estas noites de verão.)
- Bzzzzzzzzzzzzzz! (Melga n.° 2, que eu não acredito em reencarnação.)
Tapo a cabeça com o lençol. Isto não está a acontecer!
- Bzzzzzzzzzzzzzzzzzz!!! (Rasante aos meus ouvidos) Bzzzzzzzzzzzzzzzzz!!! Bzzzzzzzzzz!!!
OK. Se é guerra que elas querem, é guerra que vão ter. Ligo a luz novamente e acciono o "modo Ninja". Faço-o tão silenciosamente quanto consigo. Só me faltava agora que o João acordasse! Algumas pancadas em falso (poucas) e neutralizo a invasora. UFA! Second man down!
Volto para a cama, pé ante pé, mas acontece o inevitável: a adrenalina impede-me de adormecer. Olho para o relógio e percebo que só tenho 2 horas, na melhor das hipóteses, até o João acordar. A constatação mental não ajuda. Provavelmente terei de contar carneirinhos... Ou melgas, vá. E, nem de propósito, a punch line vira-se contra mim.
- Bzzzzzzzzzzzzzz! (Melga n.° 3)
- Buáááááá! (João)
- F%€#-@&! (Eu)
(Um verdadeiro sonho estas noites de verão.)