T0, T1, T2, T3, T4, T5 e T6 deixam de ser apenas tipologias de apartamentos.
18 de março de 2019
21 de fevereiro de 2019
Serei eu boa pessoa? (É que as redes sociais baralham-nos...)
Eu sempre me achei boa pessoa.
Sou incapaz
de magoar alguém propositadamente. Não quero o mal alheio. Gosto de
ajudar os meus amigos e a minha família. E gosto de ajudar até aqueles que não são meus amigos ou família, sempre que - e desde que - eu saiba de situações concretas em que a minha ajuda faça a diferença. Não é solidariedade nem caridade, é mesmo só uma ajuda.
Eu sempre me achei boa pessoa.
Não me importo nada de condicionar a minha vida em função dos outros. Não sou daquelas que acha que os outros é que têm de se adaptar a nós, nada disso, na maioria das vezes sou eu que me adapto. Faço o que for preciso para que as pessoas à minha volta estejam bem. Pessoas que me são próximas, de alguma forma.
Eu sempre me achei boa pessoa.
Admito, não sou uma pessoa benemérita, nem estou frequentemente envolvida em causas sociais... Mas isso não faz de mim uma pessoa egoísta ou má. Também não dou esmola a toda a gente que me pede... Mas isso não significa que não seja sensível à situação de todas as pessoas que se veem obrigadas a pedir na rua.
A minha ajuda não se concretiza pela via da esmola. Nós vivemos num Estado Social e é esse Estado que tem o dever de garantir que todos os cidadãos vivem condignamente, com os direitos básicos assegurados. Não sou eu que vou mudar isso e nem é esse o meu papel. E até podem argumentar que, se todos contribuirmos, as coisas mudam. Mas será que mudam? Pois eu acho que só vão surgir mais e mais pessoas a pedir nas ruas. Porque a esmola não resolve! O que resolve é um sistema social sólido e bem construído, que ajude nos casos identificados e previna que surjam outros.
O meu papel como cidadã (o meu dever, esse sim!) é contribuir ativamente para esta sociedade, ajudá-la com o meu trabalho e com o meu sentido cívico. Nunca me irão ver a pôr lixo no chão, a estacionar em lugares de deficientes ou a vandalizar infra-estruturas que são de todos, como parques infantis ou casas de banho públicas... Pode parecer pouco, mas se todos fizermos "a nossa parte" estaremos a contribuir para um mundo melhor. É nisso que acredito!
O problema é que "a nossa parte" não é cumprida por todos. Curiosamente, aqueles que não a cumprem são os primeiros a apontar o dedo e a criticar-nos se não damos uma esmola ou se não partilhamos um daqueles pedidos de ajuda que circulam abundantemente no Facebook.
Eu sempre me achei boa pessoa.
Porém, na era das redes sociais, há sempre alguém a fazer-nos crer que somos maus. Somos presos por ter cão e presos por não ter. Se não nos manifestarmos contra aquilo que a maioria considera vergonhoso, escandaloso, indecente, ultrajante, etc., então somos nulidades sociais. Se não fizermos likes em tomadas de posição, se não insultarmos em comentários, se não denunciarmos as ditas injustiças, se não apontarmos o dedo ao alvo do momento (há sempre um alvo!)... Então mais vale eliminarmos as nossas contas de Facebook e de Instagram, porque não estamos a contribuir ativamente para a sociedade! Really?!
Na luta moral que se trava a toda a hora nas redes sociais, mais vale atirarmos logo a toalha ao chão porque é certo que vamos perder. Somos sempre maus nas redes sociais!
Felizmente, eu prefiro ser má na estratosfera digital e boa no que verdadeiramente importa e faz a diferença: a vida real.
Caríssimos, "be kind to one another!"
20 de fevereiro de 2019
Ser mãe é, também, não nos orgulharmos da mãe que somos
Ser mãe é, também, não nos orgulharmos da mãe que somos. Também. E reparem que não escrevo "ser BOA mãe" porque isso não existe. O que é ser "boa" ou "má" mãe? Por que critérios se mede a atribuição do adjectivo? Há alguns, na verdade, que não deixam margem para dúvidas de que se é "má mãe". Mas esses estão enumerados no Código Penal porque são crimes. Da mesma forma que esses anulam automaticamente a palavra mãe, substituindo-a por progenitora. Mas não vamos por aí... Vamos concentrar-nos nas mulheres que são realmente mães, como eu, e na crise existencial constante que nos faz achar, volta e meia, que somos más mães.
A culpa, o arrependimento, a indecisão, o não saber se está certo ou errado, o medo do que os outros possam dizer, o que a sociedade nos impinge como "norma".... Hoje em dia, ser mãe é mais do que amar incondicionalmente os filhos e dar o nosso melhor para os educar como seres-humanos decentes. Hoje em dia, ser mãe é também prestar contas à nossa consciência e ao mundo.
ENORME SUSPIRO. Cansa. Cansa muito. Como se o papel de mãe já não fosse suficientemente exigente, com banhos, refeições, regras, logística, viroses, birras, noites mal dormidas, gestão carreira-maternidade, e um sem fim de afazeres e dores de cabeça.
O meu exemplo:
- Costumo dizer que era incapaz de ser mãe a tempo inteiro (sem o "escape" do trabalho e sem me sentir mulher e profissional, para além de mãe!).
- Assumo que não gosto de brincar com os meus filhos (não tenho vocação e a minha criatividade esgoto-a no trabalho, lamento!).
- Tenho zero paciência para birras, só me apetece distribuir berros e chapadas (e às vezes acontece, portanto estejam à vontade para chamar a Proteção de Menores!).
- Sempre que fico uns dias, às vezes uma loooooonga semana, com os miúdos doentes em casa, sinto-me capaz de devorar arame farpado (imaginem-me despenteada, com umas trombas de meio metro, sem tomar banho e pobremente alimentada - qualquer semelhança com o Tom Hanks, no Náufrago, é pura coincidência. Até porque ele tem a sorte de estar sozinho numa ilha... Sem filhos ranhosos e febris!).
Agora digam-me, com base no que acabaram de ler, se não é legítimo que eu dê por mim a pensar "sou péssima mãe"?!
No meu caso, são muitas mais as vezes em que eu penso "sou péssima mãe" do que as vezes em que me orgulho da mãe que sou. Talvez seja a tendência natural do ser-humano (e a minha em particular) para ver o pior em detrimento do melhor. Ou talvez seja a mania que nós temos de ajustar a nossa bitola em função da bitola dos outros: "ah, e tal, a mãe X tem três filhos super bem-comportados, nunca os vi a fazer uma birra, sentam-se num restaurante sossegados e calados, um mimo!" Ou "ah, que inveja! A mãe Y anda sempre impecavelmente vestida e maquilhada, com os filhos metidos em fatiotas a condizer, como se estivessem numa sessão fotográfica ambulante de capa de revista tipo "Caras", com o título "família perfeita"".
Atenção, não há qualquer pretensão neste texto que não seja constatar um facto: mãe que é mãe nem sempre se orgulha da mãe que é. Essa crise existencial pode surgir num momento isolado, pode ser um pensamento fugaz que nos assalta de tempos a tempos ou - no meu caso - pode azucrinar-nos a cabeça várias vezes por dia, 7 dias por semana.
Moral da história (que serve, na verdade, como "note to self"): 'bora lá tentar sermos as melhores mães que conseguirmos, independentemente de crises existenciais, bitolas alheias ou julgamentos de terceiros. 'Bora lá desejar apenas que os nossos filhos sejam e cresçam felizes, assim como nós próprias e a nossa família. 'Bora lá privilegiar a educação dos miúdos e as competências que realmente interessam, como a bondade, o respeito pelos outros, a responsabilidade, a boa educação, a tolerância, a paciência, a percepção de que nada se consegue sem esforço e sem trabalho, a noção de ética inerente a tudo, a amizade, a compreensão... 'Bora lá seguir o nosso instinto (a nossa própria bitola) e aprender a viver e a conviver pacificamente com as chatas das crises existenciais.
Mães deste mundo, não há mal nenhum em reconhecermos que não somos perfeitas. Mães deste mundo, não há mal nenhum em duvidarmos de nós próprias. Mães deste mundo, não há mal nenhum em questionarmos as nossas competências maternais. Mães deste mundo, não há mal nenhum deste que seja por um bem maior!!!
Agora repitam isto comigo as vezes que forem precisas, até acreditarmos.
6 de outubro de 2017
Bento Rodrigues, o one-man show da informação
Já tinha dado que falar a abertura de Telejornal que Bento Rodrigues fez em Aveiro, durante a digressão dos 25 anos da SIC.
Ou também em Coimbra, embora esta não tão "espectacular".
E hoje, precisamente no dia que assinala esses 25 anos da SIC, Bento Rodrigues voltou a dar espectáculo - provando que a informação não tem de ser apresentada sempre de forma "cinzenta".
Quando estudei jornalismo, há uns anos, era impensável pensar-se numa abertura de telejornal destas. Era impensável "pensar fora da caixa" na informação. Felizmente, as coisas mudam. Uma mudança de que a SIC é também responsável. E é bonito de se ver... Parabéns!
Ou também em Coimbra, embora esta não tão "espectacular".
E hoje, precisamente no dia que assinala esses 25 anos da SIC, Bento Rodrigues voltou a dar espectáculo - provando que a informação não tem de ser apresentada sempre de forma "cinzenta".
Quando estudei jornalismo, há uns anos, era impensável pensar-se numa abertura de telejornal destas. Era impensável "pensar fora da caixa" na informação. Felizmente, as coisas mudam. Uma mudança de que a SIC é também responsável. E é bonito de se ver... Parabéns!
27 de julho de 2017
Coisas que mudam quando temos um filho #21
Reaprendemos o significado da palavra "multitasking".
E se porventura lavarmos os dentes com creme do rabinho ou dermos banho ao nosso filho com o esfregão da loiça... Está tudo bem!
E se porventura lavarmos os dentes com creme do rabinho ou dermos banho ao nosso filho com o esfregão da loiça... Está tudo bem!
1 de junho de 2017
De onde vêm os bebés
A explicação vinda directamente da fonte. Da origem.
Ma-ra-vi-lho-so!
Ma-ra-vi-lho-so!
13 de março de 2017
Amar pelos dois
Se um dia eu escrever uma música, quero que seja exactamente como esta!
Foi a música vencedora para representar Portugal no Festival da Canção 2017 e, não sendo música de Festival da Canção, é do melhor que se tem feito em Portugal nos últimos anos. Autoria de Luísa Sobral e interpretação de Salvador Sobral, ambas de arrepiar.
Foi a música vencedora para representar Portugal no Festival da Canção 2017 e, não sendo música de Festival da Canção, é do melhor que se tem feito em Portugal nos últimos anos. Autoria de Luísa Sobral e interpretação de Salvador Sobral, ambas de arrepiar.
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