10 de outubro de 2015

Todos os caminhos vão dar a... #3

Mais ou menos como ir a pé a Fátima, nós fomos a pé até ao Vaticano. Pelo caminho, conhecemos uns quantos lugares de paragem obrigatória. A Piazza di Spagna (que tem a escadaria fechada para obras), a Trinitá del Monti, os jardins da Villa Borghese e a Piazza del Popolo.






Para nós, que somos pessoas que gostam de jardins no meio de cidades, conhecer a Villa Borghese foi um alívio... Quando já achávamos que Roma não tinha nenhum jardim decente, eis que nos deparamos com um espaço enorme, bem tratado e muito perto do centro! Passear pelos jardins da Villa Borghese implica andar durante horas à descoberta de todos os recantos. Estátuas, fontes, lagos, anfiteatros, museus, um Jardim Zoológico... Há de tudo lá dentro! Daí que se possa alugar bicicletas, segways, carrinhos motorizados a pedal, carrinhos motorizados estilo golfe, comboio, charrete... A oferta é variada e à escolha do freguês! Verdade seja dita, não é pêra doce conhecer todo o jardim a pé. Nós fizemo-lo, mas apenas numa parte do espaço (provavelmente 1/4 ou menos). Pelo meio, descansámos, namorámos e divertimo-nos com as figuras dos turistas incautos em meios de transporte para os quais tinham pouca (ou nenhuma) perícia. Um divertimento! Foi preciso coragem para deixarmos o oásis verde e fazermo-nos novamente "à estrada".





Atravessámos a Piazza di Popoli (contornando os vendedores de selfie sticks e rosas vermelhas), passámos o rio, percorremos meia dúzia de ruas e voilà! 30 minutos depois estávamos no Vaticano. Ao redor, em frente à Basílica de S. Pedro ou nas ruas de acesso aos Jardins e Museus do Vaticano, o ruído visual e sonoro não deixava dúvidas: estávamos no " olho do furacão". Centenas de turistas, dezenas de polícias, carabinieri e outros géneros de polícia (em Itália existem muitos!), dezenas de vendedores ambulantes com barraquinhas de souvenirs religiosos e outros tantos vendedores ambulantes sem barraquinhas mas com selfie sticks, mapas, oportunidades únicas para bilhetes "skip the line" e xailes (para compor o visual das turistas mais desnudas). Percebe-se nitidamente a dimensão da "máquina" de fazer dinheiro, à medida que vão chegando mais e mais autocarros cheios de "devotos" de várias nacionalidades (com especial predominância das asiáticas). Quanto a nós, fracos devotos, só queríamos ter entrado nos jardins do Vaticano, mas soubemos tarde demais que era preciso reservar os bilhetes com antecedência (uma semana, no mínimo) e deixámos passar a oportunidade. (Um dos "funcionários" que encaminhava as pessoas para as respectivas filas, consoante tinham ou não bilhete, passou-se quando lhe dissemos que queríamos tentar a nossa sorte sem reserva. Afinal, era um local de fé... Mi scusi, tá?!)


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